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Palestinos pedem investigação sobre a morte de Arafat

Autoridades políticas apoiam iniciativa, se família do ex-presidente aprovar

Por Da Redação
4 jul 2012, 08h27

O negociador palestino Saeb Erakat pediu nesta quarta-feira a formação de uma comissão de investigação internacional sobre a morte do ex-presidente Yaser Arafat. O pedido acontece após as revelações de um documentário, exibido na terça-feira pelo canal Al-Jazeera, segundo as quais Arafat teria sido envenenado com polônio, uma substância radioativa.

“Pedimos a formação de uma comissão de investigação internacional, baseada no modelo da comissão de investigação internacional sobre o assassinato de Arafat”, disse Erakat. As autoridades palestinas se mostraram favoráveis à investigação, contanto que a família de Arafat dê o seu consentimento.

“Depois da exibição do documentário da Al-Jazeera, conversei com o presidente Mahmoud Abbas e recomendei que aceite uma análise do cadáver do presidente mártir Arafat. Abbas aceitou, com a condição de que a viúva Suha Arafat e o sobrinho Naser al-Qidwa, como representantes da família, aprovem”, afirmou Taufic Tirawi, diretor da comissão de investigação palestina sobre a morte de Arafat. “A Autoridade Palestina está sempre disposta a cooperar plenamente e a proporcionar todas as facilidades para descobrir as verdadeiras razões da doença e da morte do antigo presidente”, disse o porta-voz de Abbas, Nabil Abu Rudeina.

Envenenamento – As análises, do Institute for Radiation Physics de Lausanne (Suíça), foram feitas com uma mostra biológica retirada dos pertences do ex-dirigente palestino e entregues à viúva, Suha, pelo hospital militar de Percy, ao sul de Paris, onde Arafat morreu, aos 75 anos, em 2004.

“A conclusão é que detectamos um nível significativo de polônio nas mostras”, afirma François Bochud, diretor do laboratório, no documentário, que precisou de nove meses de investigação, segundo a Al-Jazeera. O polônio é uma substância pouco comum e altamente radioativa. Teria sido utilizada para envenenar o ex-espião russo Alexander Litvinenko, que morreu em Londres em 2006.

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Em 11 de novembro de 2011, data do sétimo aniversário da morte do ex-dirigente palestino, Suha lamentou a morte do “presidente Arafat e, com ele, o segredo de sua morte”. A viúva disse que o atestado de óbito oficial “afirma que a causa da morte foi a destruição de glóbulos vermelhos, sem mencionar a origem do problema”.

Yaser Arafat ficou doente em seu quartel-general de Ramallah, na Cisjordânia, cercado pelo Exército israelense, e faleceu em 11 de novembro de 2004 em Percy. A morte do líder histórico palestino é um enigma. Os quase 50 médicos que o atenderam não chegaram a uma conclusão para explicar a rápida deterioração de seu estado de saúde. Os palestinos acusaram Israel de envenenamento.

(Com agência France-Presse)

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