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Padre holandês é executado com tiros na cabeça na Síria

Conhecido por se recusar a abandonar a sitiada cidade de Homs, o religioso de 70 anos foi arrastado para fora de sua casa e assassinado no meio da rua

Por Da Redação
7 abr 2014, 18h52

O padre holandês Frans van der Lugt, conhecido por sua relutância em deixar a sitiada cidade de Homs, na Síria, foi executado nesta segunda-feira em frente à sua casa. O religioso, de 70 anos, foi arrastado para fora de casa e assassinado com dois tiros na cabeça no meio da rua. Os motivos por trás da morte de Lugt são incertos para as autoridades. Ele costumava dizer que só abandonaria Homs depois que todos os cristãos fossem evacuados em segurança, conforme reportou a rede britânica BBC.

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Em um comunicado, o Vaticano disse que Lugt era um “homem de paz” e expressou um “grande pesar” com sua perda. “Morreu um homem de paz, que mostrou coragem em permanecer leal ao povo sírio, mesmo com o risco extremo”, escreveu o porta-voz Federico Lombardi. O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Frans Timmermans, declarou que Lugt foi assassinado “covardemente” e destacou que o religioso “só trouxe coisas boas para Homs”. “Frans merece nossos agradecimentos e respeito. Ele contará com nosso comprometimento para encerrar essa miséria”, afirmou.

Lugt chegou à Síria em 1966, após passar dois anos no Líbano estudando árabe. O religioso viveu num monastério jesuíta por mais de cinco décadas, onde dava aulas para os cristãos remanescentes no país e ajudava as famílias pobres da região. Ele dizia que o país tinha se tornado a sua terra natal. “As pessoas sírias têm me dado tanto, tanta gentileza, inspiração e tudo que eles possuem. Se as pessoas sírias estão sofrendo, eu quero compartilhar com eles a sua dor e suas dificuldades”, disse Lugt à agência France-Presse, em fevereiro.

Embora as negociações de paz entre forças governistas do ditador Bashar Assad e os rebeldes tenham fracassado na cidade suíça de Genebra, ambos concordaram neste ano com a evacuação dos moradores de Homs. Lugt estava entre as 1.400 pessoas que não deixaram a cidade após o término da operação supervisionada pela ONU.

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