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Oposição síria chama eleições legislativas no país de ‘farsa’

Cerca de 15 milhões de sírios foram convocados para comparecer às urnas nesta segunda-feira. Este é o primeiro pleito pluripartidário no país desde 1963

Por Da Redação
7 Maio 2012, 09h49

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal órgão opositor no exílio, classificou de “farsa” as eleições legislativas que ocorreram nesta segunda-feira no país, por não representarem a “vontade verdadeira do povo”. O dirigente do CNS, Mulhem Al Drubi, informou que a oposição não reconhece o pleito ao considerar que o processo eleitoral “não está sendo legítimo nem livre”. Além disso, Drubi explicou que o presidente sírio, Bashar Assad, que comanda o país desde 2000, quer se manter no poder na sombra dos tanques.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

Leia mais no Tema ‘Guerra Civil na Síria’

“Assad já perdeu sua legitimidade como presidente da Síria e tem que renunciar ao poder para que depois comece uma vida democrática verdadeira no país”, destacou. Dessa forma, a oposição interna decidiu boicotar as eleições por considerar que serão manipuladas. A partir da medida, 695 candidatos em Damasco se retiraram, entre os 7.195 candidatos.

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Cerca de 15 milhões de sírios foram convocados para comparecer às urnas nesta segunda-feira para escolher 250 cadeiras da Assembleia do Povo ou Parlamento. Essas são as primeiras eleições pluripartidárias desde 1963, quando o partido do governo, Baath, chegou ao poder.

As autoridades possibilitaram a participação de uma dezena de partidos neste pleito – de acordo com as reformas prometidas pelo regime de Assad, que tenta sufocar a revolta que eclodiu em março de 2011.

Com esse pleito, o país pretende dar início ao pluralismo político, definido pela Constituição aprovada em fevereiro. Além disso, segundo a nova Lei de Partidos, a Irmandade Muçulmana, os grupos curdos e aqueles partidos que tenham uma base religiosa, tribal ou regional ficam excluídos das eleições.

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Repressão – Enquanto as eleições legislativas estão sendo realizadas, a violência na Síria continua, denunciaram os ativistas Comitês de Coordenação Local. O grupo relatou, em comunicado, a morte nesta segunda de três soldados desertores, detenções e disparos das forças da ordem em várias localidades dos arredores de Damasco.

Também ocorreram greves e manifestações contra o pleito pelo país. As hostilidades prosseguem apesar do cessar-fogo, solicitado pela ONU e em vigor desde 12 de abril, além da presença de uma missão avançada de observadores internacionais no território.

Os observadores estão na Síria para verificar o cumprimento do plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan. Entre outros pontos, a iniciativa pede o fim da violência, a retirada dos tanques das cidades, a libertação dos detidos de forma arbitrária e o início de um diálogo entre o governo e os opositores.

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(Com agência EFE)

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