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Onze pessoas morrem durante protestos pelo Egito

As vítimas foram baleadas em manifestações organizadas pelo grupo radical Irmandade Muçulmana. Outras 122 pessoas foram presas

Por Da Redação
3 jan 2014, 16h12

As manifestações organizadas pelo grupo fundamentalista Irmandade Muçulmana nesta sexta-feira resultaram em onze mortes por todo o Egito. Desafiando uma determinação do governo que impede a realização de protestos sem o consentimento das autoridades, milhares de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi tomaram as ruas das cidades egípcias para criticar o gabinete interino que segue no poder. Com base em outro decreto que classificou a Irmandade como grupo terrorista, a polícia efetuou pelo menos 122 prisões, segundo o ministério do Interior.

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Os protestos tomaram conta do país logo após as orações do meio-dia desta sexta-feira, que não é um dia de trabalho no Egito. Manifestantes atiraram pedras e rojões contra a polícia em distritos da capital Cairo, onde três pessoas morreram baleadas. Não se sabe se os tiros foram disparados pela polícia ou por manifestantes armados. De acordo com uma fonte ligada à segurança nacional, um civil que insultava os manifestantes que passavam em frente à sua casa foi morto a tiros. A Irmandade alega que os seus partidários estavam desarmados.

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Um manifestante e uma mulher também foram mortos na cidade costeira de Alexandria. Não ficou claro se a mulher participava do protesto. Outro partidário da Irmandade foi morto pela polícia em Ismailia, no Canal de Suez, enquanto três manifestantes, incluindo um estudante, foram mortos a tiros na província rural de Fayoum. Outro universitário foi morto durante os protestos na cidade de Minya, ao sul do Egito. O ministério da Saúde comunicou que 42 pessoas foram atendidas com ferimentos em todo o país.

Ilegalidade – A Irmandade Muçulmana foi fundada em 1928 e esteve na ilegalidade durante a maior parte de sua existência, mas havia voltado a operar legalmente após a queda do ditador Hosni Mubarak, em 2011, tendo inclusive formado o partido político responsável por eleger Mursi. Após o golpe que derrubou o presidente, em 3 de julho, o grupo fundamentalista voltou à ilegalidade, considerado uma organização terrorista.

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A Irmandade pode sofrer outro duro golpe ainda este mês com a provável aprovação da nova Constituição do país. Formulada pelo gabinete interino designado pelos militares, a Carta Magna será votada em um referendo marcado para os dias 14 e 15. O texto ampliará os poderes do Exército e proibirá a existência de partidos políticos fundados na religião. As autoridades já se organizam para realizar uma operação de segurança nos dias da votação. Os últimos levantamentos apontam que cerca de 1 500 pessoas foram mortas no Egito desde a queda de Mursi, incluindo as centenas de manifestantes mortos durante a desocupação de acampamentos islâmicos no Cairo. Outros 350 policiais e membros das forças de segurança também foram assassinados neste período. Segundo as autoridades, quatro militares ficaram feridos nesta sexta-feira após uma bomba explodir perto de um comboio militar que passava pelo norte da Península do Sinai.

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(Com agência Reuters)

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