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ONU: todos os dias 5.000 sírios fogem para países vizinhos

Total de refugiados registrados chega a 787.000. Líbano é o maior receptor

Por Da Redação
8 fev 2013, 20h01

A cada dia, cerca de 5.000 pessoas fogem da guerra na Síria rumo a algum país vizinho e, no total, há 787.000 refugiados sírios registrados, divulgou nesta sexta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). “Em janeiro, observamos o enorme aumento de 25% no número de refugiados registrados em um único mês”, declarou o porta-voz Adrian Edwards.

Entrevista: ‘Capacidade de prevenir conflitos ou resolvê-los é limitada’

Entenda o caso

  1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
  3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
  4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

Sobre a capacidade do Acnur de atender a entrada em massa de sírios nos países fronteiriços, o porta-voz reconheceu que o procedimento de registro de refugiados “toma tempo”. Na véspera, a organização Médicos Sem Fronteiras falou em “dois ou três meses” para que o processo seja realizado.

Como o número de refugiados não para de crescer, o Acnur estabeleceu “novos centros de registro para enfrentar o aumento substancial da população (refugiada)”, anunciou Edwards. “Há um ano eram centenas de refugiados em um único dia. Agora são milhares, mas obviamente devemos aumentar a capacidade”.

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O organismo humanitário da ONU está sob forte pressão devido à continuação do conflito na Síria e da chegada em massa de civis aos países vizinhos, onde oferece ajuda vital com abrigo e alimentos. O Líbano passou a ser o país com o maior número de refugiados sírios ao superar os 260.000, seguido pela Jordânia, com 242.000, Turquia, com 177.000 pessoas, e Iraque, com 84.000, segundo números atualizados nesta sexta.

Mesmo no Egito, que não possui fronteiras com a Síria, a ONU estima que podem ter chegado 150.000 sírios que abandonaram seu país em decorrência da guerra civil entre as forças governamentais e os grupos armados de oposição. No entanto, o Acnur só contabiliza 15.000 sírios registrados oficialmente nesse país com o status de refugiados.

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O porta-voz garantiu que, independentemente de o refugiado estar registrado ou não, o organismo oferece assistência se solicitado. Por outro lado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) indicou que o abastecimento de água foi reduzido para um terço nas áreas afetadas pelo conflito, onde uma pessoa tem acesso a 25 litros por dia, em comparação com os 75 litros de dois anos atrás.

Por essa razão, o organismo começou uma operação para levar um milhão de litros de cloro para purificar a água destinada a 10 milhões de pessoas – metade da população síria – durante três meses. A ONU calcula que dos 4 milhões de pessoas que necessitam de ajuda humanitária na Síria, metade são crianças.

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(Com agência EFE)

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