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ONU aprova intervenção francesa na República Centro-Africana

Confrontos deixaram mais de cem mortos na capital Bangui nesta quinta-feira

Por Da Redação
5 dez 2013, 15h44

Meses depois de um golpe levar rebeldes muçulmanos ao comando da República Centro-Africana, o Conselho de Segurança da ONU autorizou nesta quinta-feira uma intervenção militar com o apoio da França para tentar proteger a população civil do país. A atual força de paz, a Missão de Apoio Internacional na África Central (Misca), que conta com aproximadamente 2 500 soldados, será reforçada por tropas francesas e o número de soldados deve passar de 4 000. A missão terá mandato de um ano. O conselho também estabeleceu um embargo de armas ao país e pediu que a ONU instale uma investigação sobre violações dos direitos humanos no país.

O presidente francês, François Hollande, anunciou que a ação militar de seu país começará de forma imediata. “Dada a urgência, decidi atuar esta noite mesmo, em coordenação com os africanos e com o apoio dos parceiros europeus”, disse Hollande em pronunciamento transmitido pela televisão, após ter se reunido com seu gabinete de Defesa. Ele acrescentou que “o único objetivo da França é salvar vidas humanas” e considerou que a operação no país africano será “rápida”.

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A decisão foi tomada depois que conflitos na capital Bangui deixaram pelo menos oitenta mortos nesta quinta. Em uma mesquita da cidade, havia mais de cinquenta cadáveres com sinais de ferimentos a facadas e balas. Nas ruas próximas, testemunhas contabilizaram pelo menos 25 corpos abandonados. Disparos foram ouvidos durante toda a madrugada na capital e o presidente Michel Djotodia decretou toque de recolher das 18 às 6 horas.

Os embates têm, de um lado, rebeldes muçulmanos e do outro, milícias da maioria cristã. Djotodia, que retirou Bozizé do poder, se apresentou como o primeiro presidente muçulmano do país. O grupo rebelde Seleka, que o levou ao poder, é acusado de cometer atrocidades contra os cristãos e a recrutar crianças para atuarem como soldados. As comunidades cristãs estabeleceram forças de autodefesa, a maioria leal ao presidente deposto. O aumento da tensão entre cristãos e muçulmanos no país ocorre em meio a denúncias generalizadas de assassinatos, tortura e violência sexual desde um golpe ocorrido em março.

O chanceler da França, Laurent Fabius, disse à BFM-TV que cerca de 1 200 soldados serão enviados à República Centro-Africana, que já conta com cerca de 600 soldados franceses em seu território. “Temos de acabar com essa catástrofe humana e restaurar a segurança”, disse o ministro.

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Em janeiro deste ano, o Exército francês interveio no Mali para tentar frear o avanço de terroristas que dominavam o norte do país.

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