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Obama saúda ‘novo capítulo’ na história da Líbia

Por Mandel Ngan
20 set 2011, 14h16

O presidente americano, Barack Obama, saudou um “novo capítulo” na história da Líbia nesta terça-feira e pediu que a transição iniciada com a queda de Muamar Kadhafi leve à realização de “eleições livres” ao se reunir com o chefe do Conselho Nacional de Transição (CNT).

“Hoje, os líbios escrevem um novo capítulo na vida de sua nação. Após quatro décadas tenebrosas, eles podem caminhar nas ruas, livres (do domínio) de um tirano”, disse o presidente americano durante um encontro dos “Amigos da Líbia” à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Seis meses depois da aprovação da resolução 1973 da ONU autorizando o emprego da força na Líbia para proteger a população civil, e cerca de um mês depois da fuga de Kadhafi frente ao avanço dos rebeldes, apoiados pelos bombardeios da Otan, Obama assegurou que “os líbios libertaram a Líbia”.

Mas, “ao mesmo tempo, a Líbia representa uma lição sobre o que a comunidade internacional pode conseguir quando atua unida”, acrescentou em uma alusão implícita à invasão do Iraque, em 2003, que valeu ao seu antecessor, o republicano George W. Bush, acusações de unilateralismo.

“Não podemos e não devemos intervir a cada vez que existir uma injustiça no mundo (…), mas desta vez era diferente. Desta vez, encontramos o valor e a vontade coletiva para agir”, saudou.

Depois de se reunir pela primeira vez com o número um do CNT, Mustafá Abdul Jalil, na sede da ONU em Nova York, o presidente americano pediu a realização de “eleições livres e justas” ao término da transição, sem mencionar um prazo.

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“Todos nós sabemos do que (a Líbia) necessita. Uma transição ordenada. Novas leis e uma Constituição que conduzam a um respeito do estado de direito. Partidos políticos e uma sociedade civil sólida. E, pela primeira vez na história líbia, eleições livres e justas”

Apesar disso, Obama prometeu que a campanha da Otan será mantida enquanto os combatentes do novo regime líbio continuarem lutando em algumas regiões contra as forças leais ao coronel Kadhafi.

“Enquanto os líbios estiverem ameaçados, a missão liderada pela Otan para protegê-los será mantida. E aqueles que continuam a resistir devem entender que o antigo regime acabou, e que é tempo de depor as armas e se juntar à Nova Líbia”, serão as palavras do presidente americano durante o encontro.

Como um sinal da normalização da situação, o líder americano anunciou o retorno nesta semana do embaixador de seu país à capital líbia.

“Hoje, estou em condições de anunciar que nosso embaixador voltará a Trípoli. E nesta semana, a bandeira americana, que tinha sido baixada antes que nossa embaixada fosse atacada, vai ser hasteada novamente (e tremulará) sobre uma embaixada reaberta”.

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Obama destacou também que o processo de transição “não será fácil”.

“Após décadas de um reinado de ferro de apenas um homem, levará tempo para construir as instituições necessárias para uma Líbia democrática”, advertiu.

“Mas se aprendemos algo nestes últimos meses é que não se pode subestimar as aspirações e a vontade dos líbios”, afirmou.

No encontro, Abdul Jalil, que agradeceu à ONU e aos Estados Unidos por seu apoio à “revolução” líbia, indicou que esta custou a vida de 25.000 pessoas e se comprometeu a submeter os membros do regime de Khadafi a um “processo justo”.

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