Obama chega a Mianmar para encorajar democracia
Na primeira de um presidente dos EUA ao país asiático, americano se reúne com o presidente Thein Sein e a líder da oposição Aung San Suu Kyi
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta segunda-feira a Mianmar com objetivo de encorajar as reformas democráticas realizadas pelo governo birmanês, que ainda não concluiu sua transição do antigo regime militar para a democracia.
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Em uma visita histórica – a primeira de um presidente dos EUA a Mianmar -, Obama aterrissou no aeroporto de Yangun, a antiga capital. Ele de se reunir com o presidente Thein Sein e também com a Nobel da Paz e líder opositora, Aung San Suu Kyi.
O presidente disse no domingo que sua visita a Mianmar não significa dar por “aprovado” o processo democrático, mas “reconhecer” o progresso realizado pelo governo birmanês para dirigir o país rumo à democracia. “Nós entendemos que estão sendo feitos progressos”, disse Obama em entrevista coletiva realizada em Bangcoc, na Tailândia, onde iniciou sua primeira turnê ao estrangeiro após sua reeleição.
Aproximação – Após a dissolução da Junta Militar que governava o país, no ano passado o novo governo passou a procurar nos EUA um contrapeso para a China, que possui influência históricaem Minamar desde os tempos da ditadura. Washington, por sua vez, também está interessado em impulsionar as reformas políticas e se beneficiar das oportunidades de investimento.
O presidente americano deve expressar sua preocupação com a violência sectária no estado Rakhine (oeste), onde mais de 100.000 pessoas tiveram que ser deslocadas e 180 morreram desde junho passado, principalmente entre a minoria muçulmana rohingya. Obama, que anunciará uma ajuda econômica à antiga colônia britânica, pronunciará um discurso na Universidade de Yangun, o epicentro dos protestos estudantis reprimidas violentamente durante os anos de ditadura.
Ele terminará sua viagem asiática na terça-feira no Camboja onde participará da reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), e manterá reuniões bilaterais com os primeiros-ministros da China, Wen Jiabao, e do Japão, Yoshihiko Noda.
(Com agência EFE)