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Número de crianças sírias refugiadas chega a 1 milhão

Forçadas a deixar o país em busca da sobrevivência, elas estão expostas a trabalhados forçados e exploração sexual nos campos de refugiados

Por Da Redação
23 ago 2013, 04h31

A ONU anunciou nesta sexta-feira que o número de crianças refugiadas pela guerra civil na Síria chegou a 1 milhão. A marca, descrita como ‘vergonhosa’ pela organização, representa metade dos 2 milhões de sírios que deixaram o país desde o início do conflito, em março de 2011. Os novos dados são divulgados em um momento em que as organizações internacionais investigam a alegação dos rebeldes sírios de que o governo teria usado armas químicas contra a oposição, em um ataque que matou dezenas de crianças em Damasco.

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Entenda o caso

  1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
  3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
  4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

“Não é só mais um número. São crianças tiradas de suas casas e, às vezes, até de suas famílias, enfrentando horrores que só agora começamos a compreender”, afirmou Anthony Lake, diretor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), órgão que compilou os dados em conjunto com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

De acordo com a ONU, a maior parte das crianças sírias refugiadas estão espalhadas em campos no Líbano, Jordânia, Turquia, Irã e Egito. Números atualizados indicam que 740 mil delas têm menos de 11 anos da idade.

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Traumas – Além do dano físico, do estresse e do trauma provocados pelo deslocamento, os especialistas acrescentam que estas crianças também estão expostas a trabalho infantil, casamentos precoces, exploração sexual e tráfico humano. Com recursos insuficientes para atender a enorme demanda humanitária dos refugiados, os órgãos da ONU estimam que apenas 118 000 crianças têm acesso a algum tipo de educação e que apenas 20% das 1 milhão recebem acompanhamento psicológico.

O problema, no entanto, não se limita aos campos de refugiados. Segundo as agências humanitárias, outras 2 milhões de crianças foram forçadas a realizar deslocamentos internos dentro da Síria por causa da guerra civil. Dados do alto comissário da ONU para os Direitos Humanos estimam que, dos 100 mil mortos no conflito, 7 000 eram crianças.

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(Com agência EFE)

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