Novos protestos em cidade americana deixam mais um ferido
Jovens furaram o toque de recolher determinado pelo governador de Missouri e tentaram atacar policiais; sete foram detidos
Pelo menos uma pessoa ficou ferida e outras sete foram detidas durante as manifestações que se repetiram na noite de sábado na cidade americana de Ferguson, no estado do Missouri, onde dezenas de pessoas desafiaram o toque de recolher decretado pelas autoridades, informou a imprensa local.
A polícia usou fumaça e gás lacrimogêneo para tentar dispersar as várias dezenas de manifestantes que protestavam contra a morte de um adolescente negro, que foi baleado por um policial, cujas circunstâncias ainda não foram esclarecidas.
Segundo a imprensa, a polícia do estado do Missouri confirmou que sete pessoas tinham sido detidas e um homem foi baleado no lugar do protesto – e que se encontrava em estado grave. A polícia assegurou que se viu obrigada a lançar gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes e que os agentes foram alvejados no local onde aconteciam os protestos, embora não tenha havido feridos entre eles.
Leia também:
Vigia é absolvido, mas governo Obama insiste em investigação
Trayvon Martin poderia ter sido eu, diz Obama sobre jovem morto
Obama critica polícia por “força excessiva” em protestos por morte de jovem negro
Os novos protestos aconteceram depois que o governador do Missouri, Jay Nixon, declarou estado de emergência e ordenou o toque de recolher em Ferguson. Os protestos pela morte de Michael Brown começaram no domingo passado, quando foram registrados saques, incêndios e confrontos com a polícia que se repetiram toda a semana, com a detenção de dezenas de pessoas.
Brown começaria a frequentar aulas numa universidade ainda nesta semana. As autoridades locais afirmaram que o adolescente foi alvejado porque tentou pegar a arma do policial, mas há relatos de que ele estava com as mãos para o alto quando foi baleado.
https://www.youtube.com/watch?v=ys5YIlZEo7E
Repercussão – Na quinta-feira, o presidente Barack Obama se manifestou sobre o caso, afirmando que “não existem desculpas para a polícia usar força excessiva” contra manifestantes e para prender jornalistas. Na quarta-feira à noite, dois repórteres haviam sido presos pela polícia local, o que ajudou ainda mais a acirrar os ânimos em Ferguson.
A polícia de Ferguson divulgou o nome do policial que atirou em Brown. Segundo o chefe de polícia, Thomas Jackson, o nome do agente é Darren Wilson, que trabalha na força policial há seis anos. Por cinco dias as autoridades locais se recusaram a divulgar o nome, alegando preocupações com segurança após a onda de protestos.
(Com EFE)