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Novas conversas com Irã são agendadas para daqui três semanas

Os negociadores do programa nuclear iraniano concordaram com encontros nos dias 7 e 8 de novembro. As primeiras reuniões, contudo, não apresentaram nenhum resultado substancial

Por Da Redação
17 out 2013, 08h22

A nova rodada de negociações entre representantes do Irã e do grupo 5+1 (membros do Conselho de Segurança da ONU, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China, mais a Alemanha) sobre o programa nuclear iraniano foi concluída na quarta-feira, em Genebra, na Suíça, sem nenhuma novidade ou resultado substancial apresentado pelos envolvidos. A reaproximação das partes, contudo, garantiu a continuidade dos encontros. Os negociadores designados pelo presidente iraniano Hassan Rohani concordaram com novas reuniões nos dias 7 e 8 de novembro. E o Ocidente segue depositando todas as suas fichas na repentina mudança de postura do governo. “Tivemos nossa conversa mais detalhada da história” sobre o programa nuclear, disse a encarregada de assuntos estrangeiros da União Europeia, Catherine Ashton, à rede britânica BBC.

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O chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif, escolhido por Rohani para ser o novo negociador do país, afirmou que as conversas foram “extensas e frutíferas”. Catherine acrescentou que os representantes internacionais estão analisando uma proposta do Irã, mas reforçou que os outros detalhes do encontro serão mantidos em sigilo. Além disso, os negociadores do grupo 5+1 reiteraram que não tiveram tempo para debater todos os pontos referentes ao programa nuclear iraniano e às sanções impostas ao país.

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As conversas mantidas nesta semana foram as primeiras desde que Rohani substituiu o bravateiro Mahmoud Ahmadinejad na presidência iraniana, em agosto. O clérigo, considerado um político moderado pelo Ocidente, adotou uma postura pública mais pragmática do que a de seu antecessor, dizendo que espera chegar a um acordo em pelo menos seis meses. Na terça-feira, Michael Mann, porta-voz de Catherine, disse que há um sentimento de “otimismo cauteloso” na reunião em Genebra.

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Anteriormente, o Irã indicou que poderá permitir as visitas sem aviso prévio dos inspetores da ONU nas instalações nucleares do país. A sinalização positiva é parte de um plano apresentado pelo vice-chanceler iraniano, Abbas Araqchi. Os detalhes do plano, no entanto, não foram divulgados, e Araqchi não indicou quando as visitas poderão acontecer. Ele limitou-se a afirmar que elas estão em discussão. “Este tema não está previsto na primeira etapa de nosso plano, mas integra a última fase”, afirmou Araghchi, de modo vago. A declaração foi entendida como a primeira indicação oficial de ação iraniana em troca do fim das sanções econômicas contra o país, que foram instituídas por causa do programa nuclear.

Esse tipo de visita sem aviso está previsto no Protocolo Adicional do Tratado de Não Proliferação (TNP). O Protocolo Adicional também obriga o país a comunicar informações sobre todas as operações do ciclo de combustível nuclear. A aplicação do protocolo é uma das cobranças das potências mundiais que também exigem ao Irã a redução de seu programa de enriquecimento de urânio. Na terça-feira agências de notícias iranianas haviam divulgado que o governo do país também está disposto a suspender o enriquecimento de urânio a 20%, (um nível de pureza que poderia ser usado posteriormente para a construção de armas nucleares).

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