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‘Não sou traidor nem herói’, diz ex-técnico da CIA

Edward Snowden diz que vai continuar em Hong Kong, para onde foi depois de vazar informações sobre um programa secreto do governo americano que coletava dados de milhões de usuários em servidores de empresas de internet

Por Da Redação
12 jun 2013, 15h42

Edward Snowden, ex-técnico da CIA que revelou o esquema de espionagem do governo americano nos servidores de grandes empresas de internet afirmou em entrevista dizendo que pretende ficar em Hong Kong e que vai lutar contra qualquer tentativa de extradição. “Eu não estou aqui para escapar da justiça. Estou aqui para mostrar um crime. Minha intenção é pedir que os tribunais e o povo de Hong Kong decidam meu destino”, disse Snowden ao jornal South China Morning Post. “Eu não sou nem traidor nem herói. Sou um americano”, acrescentou.

Esta foi a primeira entrevista concedida pelo ex-funcionário de uma empresa que presta consultoria para a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) desde que ele deixou o hotel em que estava hospedado, na segunda-feira. A ex-colônia britânica tem um acordo de extradição com os Estados Unidos. Contudo, Snowden ainda não foi acusado publicamente. E analistas afirmam que um processo de extradição, além de demorar meses, ainda pode ser barrado por Pequim.

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Ao Post, a fonte dos detalhes sobre o programa de vigilância do governo Obama disse que teve várias chances de deixar a região administrativa chinesa, mas preferiu ficar e enfrentar o governo americano na Justiça local. “Eu acredito no sistema legal de Hong Kong”.

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As informações de Snowden apontaram que o governo tem acesso a e-mails, vídeos, fotos, arquivos, transferências, conversas on-line de milhões de usuários das maiores companhias de internet americanas: Google, Facebook, Apple, Microsoft, Yahoo!, AOL, YouTube, Paltalk e Skype. As empresas agora tentam provar que não deram acesso irrestrito aos dados, apenas responderam a ordens judiciais. O escândalo deixou estarrecidos os defensores das liberdades civis, uma vez que a espionagem promovida pela administração Obama tomou o lugar do prometido “governo da transparência”.

China – Snowden disse ainda que os Estados Unidos ampliaram operações de espionagem contra centenas de alvos chineses desde 2009. “Nós invadimos redes de backbones – como imensos roteadores, basicamente – que nos deram acesso às comunicações de centenas de milhares de computadores sem termos de hackear um por um”, disse Snowden ao jornal. O técnico acrescentou que a NSA se envolveu em mais de 61.000 operações desse tipo no mundo todo. Entre os alvos estavam universidades e empresas.

(Com agência Reuters)

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