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Monstro de Cleveland é condenado à prisão perpétua

Ariel Castro recebeu também uma pena adicional simbólica de 1.000 anos de prisão

Por Da Redação
1 ago 2013, 15h37

A Justiça americana condenou nesta quinta-feira o ex-motorista de ônibus escolar Ariel Castro à prisão perpétua sem possibilidade de conseguir liberdade condicional. Ele manteve três mulheres em cativeiro por quase uma década em Cleveland, no estado americano de Ohio. Castro também teve seus bens confiscados, terá de pagar uma multa de 100.000 dólares e recebeu uma pena adicional de 1.000 anos de prisão — esse tempo adicional de cárcere têm um sentido simbólico, para ressaltar a gravidade do crime cometido, explicou Franklin Zimring, professor de direito da Universidade da Califórnia, à rede britânica BBC.

Para escapar da sentença de pena de morte, sua defesa fez um acordo com a promotoria na semana passada. Ele se declarou culpado de mais de 900 acusações, incluindo sequestro, estupro, espancamento e homicídio.

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“Uma pessoa só pode morrer uma vez na prisão. Você não merece estar em nossa sociedade, você é muito perigoso. Não há espaço nesta cidade, não há espaço neste país, não há espaço neste mundo para aqueles que escravizam os outros”, disse o juiz Michael Russo ao ler a sentença.

Castro manteve reféns Amanda Berry, atualmente com 27 anos, Gina DeJesus, de 23 anos, e Michelle Knight, hoje com 32 anos.

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As acusações contra Castro passíveis de condenação à pena de morte eram as de homicídio qualificado por ter espancado repetidamente Michelle e a deixado sem comer quando ela estava grávida, com o objetivo de provocar um aborto. No cativeiro, Amanda também teve uma filha com Castro.

O acordo evitou o julgamento e, consequentemente, um reencontro das vítimas com o monstro de Cleveland. No entanto, Michelle compareceu ao tribunal nesta quinta-feira para testemunhar contra o sequestrador. “Eu passei onze anos no inferno. Agora o seu inferno está só começando. Eu posso perdoá-lo, mas nunca esquecerei. Ninguém deveria passar pelo que eu passei. Eu vou superar o que aconteceu, mas você vai encarar o inferno pela eternidade. Eu vou viver. Você vai morrer um pouco a cada dia”.

Castro, por sua vez, apresentou outra versão. Disse que não era “o monstro que as pessoas estavam tentando pintar”, e sim “um doente viciado em pornografia”. O criminoso falou também que não é uma pessoa violenta. “Eu só as mantive presas sem que elas pudessem sair”. Por fim, pediu desculpas às três vítimas. “Deus é minha testemunha, eu nunca bati ou torturei essas mulheres como elas estão dizendo. Obrigado, vítimas. Eu espero que vocês possam encontrar espaço em seus corações para me perdoar”.

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