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Membro da cúpula da Igreja é condenado pela 1ª vez por pedofilia nos EUA

Monsenhor William Lynn foi acusado de encobrir casos de abuso sexual contra crianças na Filadélfia e deverá cumprir de pena de 3 a 6 anos de prisão

Por Da Redação
24 jul 2012, 20h19

O monsenhor William Lynn foi condenado nesta terça-feira a uma pena de três a seis anos de prisão por encobrir padres que abusaram de crianças, informou o jornal americano Washington Post. Esta é a primeira vez que um alto membro da Igreja católica nos Estados Unidos é condenado pelos escândalos de pedofilia.

Dom Lynn foi secretário para o clero da arquidiocese da Filadélfia e era responsável por acompanhar os casos de padres acusados de abuso sexual de crianças de 1992 a 2004. Ele foi condenado por omitir o crime do padre Edward Avery, que está preso e cumpre pena de reclusão de dois e meio a cinco anos por abusar de um coroinha na Igreja em 1999.

“Eu não tinha a intenção de causar qualquer dano para ela (vítima de Avery). O fato é que o meu melhor não foi bom o suficiente para impedir que o dano”, disse Lynn. Os advogados de defesa solicitaram a liberdade condicional, argumentando que seu cliente não deve cumprir mais tempo do que os responsáveis pelos abusos, como Avery. Eles pretendem recorrer da condenação e apresentaram o pedido de fiança enquanto o processo de apelação se desenrola.

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A juíza responsável pelo julgamento, Teresa Sarmina, disse que Lynn possibilitou a existência de “monstros em traje clerical… para destruir as almas das crianças”.

Em 1992, um médico relatou ao monsenhor que o padre Avery tinha abusado dele anos antes. Lynn enviou Avery para se tratar, mas a instituição da Igreja responsável pelo tratamento o diagnosticou com problemas com álcool e não distúrbio sexual. Avery voltou ao ministério e foi enviado a paróquia no nordeste Filadélfia, onde abusou do coroinha em 1999.

Os promotores passaram uma década investigando denúncias de abuso sexual que eram mantidos em arquivos secretos na arquidiocese e emitiram dois relatórios ao júri argumentando que, ao não delatar os casos, Lynn e outros membros da cúpula da Igreja – que não foram acusados – colocaram crianças em perigo.

Outros casos – O monsenhor foi o primeiro membro da cúpula da Igreja a ser condenado pelos casos de abuso sexual de crianças que abalaram a Igreja Católica nos EUA há mais de uma década, mas não deve ser o único: o bispo Robert Finn e a diocese de Kansas City enfrentam um processo por não informar sobre padres suspeitos de pedofilia. O caso deve ir a julgamento no próximo mês.

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