Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Manifestantes ignoram toque de recolher e vão às ruas no Egito

Mursi decretou estado de emergência após os confrontos dos últimos dias

Por Da Redação
28 jan 2013, 20h20

Milhares de manifestantes ignoraram o toque de recolher imposto pelo governo egípcio e foram às ruas em três cidades ao longo do canal de Suez nesta segunda-feira, desafiando o estado de emergência determinado pelo presidente Mohamed Mursi depois dos confrontos dos últimos dias, que deixaram mais de 50 mortos.

Nesta segunda-feira, um homem foi morto na cidade de Port Said e outro atingido por um tiro no Cairo. Opositores rejeitaram um chamado de Mursi para um diálogo nacional e não compareceram à reunião convocada pelo governo. Como parte do estado de emergência, também foi aprovada uma medida que autoriza a prisão de civis suspeitos de descumprir as ordens governamentais.

A oposição se fez ouvir em Port Said, Ismailia e Suez, onde o toque de recolher valeria das 21 horas às 6 horas. Também houve protestos no Cairo e em Alexandria. Em Port Said, homens atacaram delegacias de polícia à noite. “O povo quer derrubar o governo”, gritavam os manifestantes em Alexandria.

Os confrontos se agravaram na última semana, com as manifestações pelo segundo aniversário da revolta que derrubou o ditador Hosni Mubarak. Os opositores acusam Mursi, sucessor de Mubarak, de trair a revolução. Apoiadores do governo afirmam que a oposição está tentando derrubar o primeiro presidente democraticamente eleito usando meios não democráticos.

Continua após a publicidade

Além dos protestos no dia 25, também houve confrontos em Port Said depois que 21 pessoas foram condenadas à morte por envolvimento no tumulto em um estádio de futebol, em fevereiro do ano passado. Setenta e quatro pessoas morreram e 254 ficaram feridas nos enfrentamentos entre torcedores do clube local, Al Masry, e do Al Ahly, do Cairo, o mais popular do país, que tiveram papel destacado na revolta que derrubou Mubarak.

Desde a queda do ditador, que permaneceu trinta anos no poder, os islamitas já venceram dois referendos, duas eleições parlamentares e a disputa presidencial, em junho. Depois de assumir o poder, no entanto, Mursi tomou medidas autoritárias, como assinar um decreto impedindo que decisões suas fossem contestadas judicialmente. A medida levantou uma onda de protestos no final do ano passado, que foi agravada com a aprovação da nova Constituição, que deixa brechas, de acordo com os opositores, para contestar as liberdades de expressão e religião.

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.