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Manifestantes cercam sede do governo da Ucrânia

Opositores convocaram greve geral após recusa do presidente Viktor Yanukovich em assinar acordo com a União Europeia

Por Da Redação
2 dez 2013, 10h12

Cerca de mil manifestantes bloquearam o acesso à sede do governo da Ucrânia nesta segunda-feira, impedindo a entrada de funcionários, em mais um protesto contra o presidente do país, Viktor Yanukovych. Na semana passada, Yanukovych recusou assinar um acordo de associação com a União Europeia – uma medida que despertou a fúria de milhares de pessoas no país.

Os manifestantes, que acusam o governo de se submeter covardemente à influência da Rússia – contrária à aproximação com a UE -, também convocaram uma greve geral. Os bloqueios começaram após uma manifestação no domingo ter reunido 350 000 pessoas na capital, Kiev. A manifestação foi a maior já vista na capital ucraniana desde a Revolução Laranja, há nove anos.

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“Os funcionários não podem entrar no prédio. As negociações estão em andamento com os manifestantes para autorizar a entradas dos funcionários”, disse um porta-voz do primeiro-ministro Mykola Azarov. Ele acrescentou que Azarov ainda não tinha ido trabalhar. O presidente Yanukovych, que tem viagem à China marcada para terça-feira, ainda não se pronunciou.

Segundo a rede BBC, entre os manifestantes que invadiram a prefeitura está o opositor russo Pyotr Verzilov, marido de Nadezhda Tolokonnikova, uma das integrantes do grupo punk Pussy Riot, que cumpre pena em uma prisão da Sibéria.

Protesto – A manifestação de domingo transcorreu pacificamente até que um grupo tentou invadir a sede do governo. A polícia respondeu violentamente, o que incentivou uma nova rodada de protestos. As forças de segurança usaram bombas de efeito moral contra manifestantes encapuzados diante da sede da presidência, depois que os opositores jogaram pedras e, segundo a imprensa local, coquetéis molotov.

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Ao menos três parlamentares do partido da situação já renunciaram. A oposição quer expulsar o gabinete de Azarov em votação no Parlamento nesta terça-feira. A oposição controla 170 assentos na casa de 450 parlamentares, mas precisará de 226 votos para derrubar o governo.

Em algumas partes do leste da Ucrânia, onde a maior parte da população fala ucraniano e tende a aprovar uma integração com a União Europeia, algumas autoridades revelam revolta aberta. O prefeito de Lviv convocou o povo aos protestos e alertou que a polícia deixaria os uniformes de lado e defenderia a cidade se o governo central enviar reforços.

Em uma carta lida no sábado por sua filha Evguenia, a opositora e ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, que cumpre pena de sete anos de prisão, pediu a queda do governo por “meios pacíficos”. A prisão de Timoshenko, uma adversária do presidente Yanukovych, foi considerada neste ano “arbitrária e ilegal” pela Corte Europeia de Direitos Humanos.

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