Manifestante morre durante protestos contra Mursi no Egito
Oposição exige que presidente desista da ampliação de poderes ou renuncie
Por Da Redação
27 nov 2012, 17h38
Pelo menos uma pessoa morreu nesta terça-feira durante os protestos no Cairo contra presidente egípcio, Mohamed Mursi. O jovem Fathi Gharib, membro do partido opositor Aliança Popular Socialista, teria sofrido complicações respiratórias após inalar grande quantidade de gás lacrimogêneo lançado pela polícia. Mais cedo, dezenas de milhares de pessoas se dirigiram à Praça Tahrir cantando “A revolução continua” ou “O povo quer a queda do governo”.
Os protestos se intensificaram no país depois de quinta-feira, quando foi anunciado um decreto ampliando os poderes de Mursi. Uma das medidas prevê que nenhuma decisão do presidente possa ser contestada judicialmente. Os manifestantes afirmam que Mursi deve recuar em sua decisão de ampliar poderes ou renunciar.
Os manifestantes alertaram para o risco de uma “nova ditadura”, implantada por Mursi e pela Irmandade Muçulmana. “Mursi é muito mais perigoso que (o ex-presidente Hosni) Mubarak. Só pensa na Irmandade Muçulmana, que quer controlar tudo”, diz Ihab Youssef, funcionário de um banco. Para ele, o presidente quer “acumular todos os poderes”.
Na Praça Tahrir, chamava a atenção um cartaz que pedia o “Egito para todos os egípcios”.
Na segunda-feira, Mursi se reuniu com os autoridades do Judiciário em uma tentativa de controlar a crise. Após a reunião, seu porta-voz informou que ele havia concordado que apenas decisões relacionadas a assuntos soberanos do país seriam protegidas contra questionamentos judiciais. A declaração não acalmou os críticos.
Também na segunda-feira, milhares de pessoas participaram do enterro de um membro da Irmandade Muçulmana morto em confrontos em frente aos escritórios do partido na cidade de Damanhour, no Delta do Nilo, no domingo. No Cairo, milhares de pessoas acompanharam o funeral de Gaber Salah, um membro do Movimento 6 de Abril (grupo de jovens criado nas redes sociais para combater o antigo governo de Mubarak) que morreu na semana passada em decorrência de ferimentos sofridos em confrontos perto da Praça Tahrir.
Lula nega crise com Congresso e descarta reforma ministerial
O presidente disse nesta terça-feira, em café com jornalistas no Palácio do Planalto, que não tem, atualmente, “nenhuma previsão” de promover uma mudança na sua equipe. A declaração acontece em meio a um impasse na articulação política envolvendo governo federal e Congresso. Saiba mais no Giro VEJA desta terça-feira.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.