Mais de 50.000 pessoas protestam contra o regime na Síria
Ao menos 34 morreram nos confrontos entre manifestantes e tropas do governo
Mais de 50.000 pessoas protestaram nesta sexta-feira contra o regime de Bashar Assad em Hama, região central do país, onde as forças de segurança abriram fogo para dispersar a multidão. “É a maior manifestação em Hama desde o início do movimento de protesto em março”, declarou Rami Abdel Rahmane, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Pelo menos 34 pessoas morreram nos confrontos, de acordo com a rede britânica BBC.
Rebeldes também tomaram as ruas de outras partes do país, embora em menor número. Milhares de pessoas marcharam a partir de mesquitas, após as orações tradicionais de sexta-feira, nas cidades de Idlib (no nordeste do país), na capital Damasco (no sudeste), em Hama (centro), em Homs, Madaya e Zabadani, no oeste.
Na cidade de Deraa, no sul, onde iniciaram os protestos há onze semanas, centenas de pessoas desafiaram as tropas militares do governo bradando: “Não dialogamos com assassinos”. Segundo analistas, os protestos continuam se espalhando pelo país apesar da violenta repressão, mas não o suficiente para ameaçar o regime de Assad.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, disse nesta sexta-feira estar “alarmado” com a repressão do governo aos protestos na Síria. Ele afirmou que há mais de 1.000 mortos desde o início da revolta popular, em 15 de março. Entre as vítimas, estão pelo menos 30 crianças, informou o Fundo Mundial das Nações Unidas para a Infância (Unicef), na quinta-feira.
(Com agências EFE, France-Presse e Reuters)