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Líder rebelde sírio morre após ataque do regime

Abdel Saleh era líder da Brigada al Tawhid, uma das facções mais importantes não vinculada à Al Qaeda no norte da Síria

Por Da Redação
18 nov 2013, 15h04

O dirigente rebelde Abdel Qadir Saleh, líder uma das facções armadas mais importantes na cidade de Aleppo, a Brigada al Tawhid, morreu nesta segunda-feira, informa um vídeo postado na internet pelo comando do grupo insurgente. O rebelde faleceu em decorrência de ferimentos sofridos em um ataque das forças do regime do ditador Bashar al-Assad.

Na última quinta-feira, um ataque da Força Aérea síria atingiu a escola Al Musha em Aleppo, onde a Brigada al Tawhid mantinha sua sede, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Nesse bombardeio, o responsável de segurança da brigada insurgente, Youssef Abbas, também morreu, enquanto seu líder político, Abdelaziz Salama, ficou ferido.

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Saleh tinha 33 anos de idade e era da cidade de Marea. Ele liderava a Brigada al Tawhid desde sua fundação em 18 de junho de 2012. Segundo sua milícia, Saleh participou também na defesa da cidade de Al Qusair, na província central de Homs, cujo controle foi arrebatado pelo regime em junho, e esteve nas frentes de batalha de Aleppo, no norte do país.

Em declarações à imprensa ocidental, um porta-voz da brigada, Marwan Salem, afirmou que Saleh “estava sempre na primeira linha de batalha, inclusive nos choques recentes na base 80“, no aeroporto internacional de Aleppo. Segundo o porta-voz, o grupo ainda não designou nenhum sucessor de Saleh.

Na opinião do professor de Ciências Políticas da Universidade Americana de Beirute, Hilal Jashan, a morte de Saleh não vai diminuir a força da Brigada al Tawhid. Jashan destacou que o líder morto era muito popular entre seus seguidores e que, embora fosse muito religioso, “era moderado e humilde em seus pontos de vista, não era extremista”. O analista, porém, detalhou que esta brigada está vinculada à Irmandade Muçulmana egípcia e recebe o apoio da Turquia.

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O analista disse que a Brigada al Tawhid tem 5 000 militantes e é uma das facções mais importantes não vinculada à Al Qaeda no norte da Síria. As outras são o Levante e a Frente al Nusra, “A Brigada al Tawhid não é um grupo jihadista, opera dentro dos limites da Síria e seu objetivo é conseguir uma mudança política no país que leve à criação de um estado muçulmano”, explicou Jashan.

A Síria enfrenta uma violenta guerra civil desde março de 2011. Os choques entre grupos rebeldes que tentar derrubar o regime de Assad e forças do governo já provocaram a morte de 100 000 pessoas, segundo estimativas das Nações Unidas.

(Com agência EFE)

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