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Líder opositor russo é condenado a 15 dias de prisão

Tropas do Ministério do Interior foram enviadas a Moscou

Por Da Redação
6 dez 2011, 10h00

O líder opositor russo Ilia Yashin foi condenado nesta terça-feira em Moscou a 15 dias de prisão, um dia depois de ter participado em uma manifestação que denunciava fraudes nas eleições legislativas de domingo, informou a agência Interfax.

O tribunal condenou Yashin, dirigente do movimento de oposição liberal Solidarnost, detido na segunda-feira por ter desobedecido as ordens policiais de dispersão da manifestação, informou a agência de notícias russa. Ele foi detido ao lado de outros 300 manifestantes ao fim de um protesto contra o primeiro-ministro Vladimir Putin, o maior dos últimos anos, que reuniu 10.000 opositores, segundo os organizadores.

O ato da oposição, que segundo a polícia reuniu apenas 2.000 pessoas, havia sido autorizado em uma praça afastada do centro do poder russo. Contudo, os manifestantes tentaram avançar até a sede da Comissão Eleitoral, com gritos de frases contra Putin. Ao fim do protesto, os manifestantes, incluindo Yashin e o blogueiro ativista Alexei Navalni, foram detidos perto da Praça Lubianka, onde fica a sede dos serviços secretos FSB, antiga KGB.

Contexto – Também nesta terça-feira, milhares de policiais e tropas do Ministério do Interior russo foram enviados para Moscou por causa dos protestos. O Ministério do Interior alega que o objetivo das tropas seria “garantir a segurança dos cidadãos russos”. Pelo menos 300 manifestantes foram presos na noite de segunda-feira, depois das eleições parlamentares marcadas por violações. Para a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, as eleições na Rússia não foram livres, nem justas.

Em resposta, o governo russo tachou nesta terça-feira as declarações de Hillary como “inaceitáveis”. “As declarações de Hillary são absolutamente inaceitáveis. Tais conclusões sobre fraude eleitoral não constam em qualquer relatório elaborado pelos observadores internacionais”, declarou Konstantin Kosachov, chefe do comitê das Relações Exteriores da Duma. Kosachov acrescentou que “esta é uma das páginas mais obscuras da história das relações russo-americana depois da retomada dos contatos”.

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Já Nikolay Konkin, secretário da Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia, usou da ironia para responder a Hillary. “Melhor que Hillary se centre em suas eleições”, ressaltou o funcionário russo.

Irregularidades – Porém, na segunda-feira, a missão de observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE) denunciou irregularidades na apuração das eleições parlamentares na Rússia. “A qualidade do processo eleitoral se deteriorou consideravelmente durante a apuração, que foi caracterizada por frequentes violações de procedimentos e casos de aparente manipulação, incluído indícios graves de introdução em massa de cédulas nas urnas”, apontou relatório dos observadores internacionais.

(Com agência France-Presse)

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