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Líbano adia eleições parlamentares por causa de crise síria

As tensões nos dois países aumentaram desde que o movimento terrorista libanês Hezbollah começou a lutar abertamente ao lado do governo sírio

Por Da Redação
31 Maio 2013, 21h56

O Parlamento libanês decidiu nesta sexta-feira prorrogar seu mandato e adiar as eleições legislativas, previstas para 16 de junho, em 17 meses. A justificativa dada pelos parlamentares foi a de que há atualmente uma grande preocupação em relação à segurança do país diante da guerra civil na Síria. As tensões nos dois países aumentaram desde que o movimento terrorista libanês Hezbollah começou a lutar abertamente ao lado do governo sírio. Esta é a primeira vez que os governantes do Líbano estendem seu mandato desde a guerra civil libanesa, que terminou em 1990.

Os confrontos na cidade síria de Qusair, perto da fronteira com o Líbano, continuaram nesta sexta. Rebeldes lutam contra o governo sírio e as forças do Hezbollah para manter o controle do local. O conflito sectário se espalhou para o norte do Líbano no início de maio, atingindo a cidade de Trípoli. Pelo menos dez pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nas disputas entre os partidários alauítas de Bashar Assad e os opositores sunitas. Os defensores do adiamento das eleições no Líbano afirmam que a decisão pode ajudar a aliviar essas tensões.

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A nova data para o pleito, 20 de novembro de 2014, foi definida em uma sessão plenária, com 97 votos favoráveis, de um total de 128 possíveis. Blocos pró e anti-Síria concordaram com a mudança na data, com exceção dos deputados da Corrente Patriótica Livre, do general cristão Michel Aoun, segundo maior bloco do Parlamento. Aoun e o presidente do país, Michel Suleiman, anunciaram que vão recorrer do adiamento das eleições. A decisão ocorreu também depois de divergências entre os deputados na hora de elaborar uma nova lei eleitoral.

No momento da votação, dezenas de ativistas da sociedade civil colocaram na praça Riad el Solh, perto do Parlamento, uma foto gigande com os 128 deputados e jogaram tomates na imagem, assim como nos carros dos legisladores. Eles ainda exibiram cartazes com lemas como “Anunciamos a morte de nossa querida democracia” ou “Quem deu autorização para eles prorrogarem seu mandato?”. Paralelamente, outra manifestação ocorreu perto do parque Samir Kassir, também no centro da cidade, organizada pela União de Candidatos Independentes, em protesto contra a prorrogação do mandato parlamentar.

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Fim do embargo de armas – Também nesta sexta-feira, a União Europeia oficializou a mudança de seu regime de sanções contra a Síria, após a decisão de retirar o embargo sobre as armas para a oposição. O regime das “medidas restritivas”, tomadas progressivamente desde o início do conflito, em 2011, ficará em vigor deste sábado até 1º de junho de 2014, anunciou a UE. Ele inclui “uma série de proibições de importações e exportações como, por exemplo, o embargo ao petróleo, restrições aos investimentos, às atividades financeiras e do setor de transporte”, detalhou em um comunicado.

Mesmo com a mudança, 179 pessoas “ligadas à repressão violenta na Síria” continuarão sujeitas ao congelamento de bens e proibidas de viajar para a UE. O congelamento de bens também atinge 54 entidades, incluindo o Banco Central da Síria. A supressão do embargo de armas valerá apenas para “a Coalizão Nacional, as forças da revolução e a oposição síria”, conforme acordado com os ministros das Relações Exteriores da UE após uma longa reunião sobre o assunto. O embargo foi retirado a pedido da Grã-Bretanha e da França, apesar da relutância e da oposição de outros 25 países. Ambos os países disseram que não tinham a intenção de entregar armas “imediatamente”.

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negociações de Genebra 2

O Conselho de Segurança da ONU acrescentou nesta sexta-feira o grupo jihadista rebelde Frente Al-Nusra à sua lista global de sanções. A medida foi tomada pelo Comitê de Sanções à Al Qaeda e significa que a milícia está agora sujeita ao congelamento de ativos internacionais, à proibição de viajar e ao embargo de armas.

(Com agências EFE e France-Presse)

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