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Kim Jong-un preside cerimônia em memória do pai

Ditadorzinho tenta se afirmar no poder após execução de seu tio, o número 2 do regime

Por Da Redação
17 dez 2013, 06h54

O ditador norte-coreano Kim Jong-un presidiu nesta terça-feira em Pyongyang uma grande cerimônia em memória de seu pai, o também ditador Kim Jong-il (1941-2011), no aniversário de dois anos de sua morte. A televisão estatal norte-coreana exibiu ao vivo a chegada de Kim ao principal auditório da capital da Coreia do Norte para o evento, que contou com a presença de milhares de pessoas, incluindo membros do governo, altos funcionários e militares. A cerimônia, segundo analistas internacionais, serviu para Kim Jong-un se afirmar como homem-forte do regime e para enaltecer a figura do falecido mandatário do país, reforçando o culto à personalidade característico a muitos regimes ditatoriais.

Choe Ryung-hae, um dos homens fortes do regime, abriu as comemorações com um discurso de louvor ao falecido ditador em Pyongyang. Enquanto no lado de dentro do auditório só entravam políticos, militares e burocratas próximos ao poder, do lado de fora, milhares de membros do Partido Comunista e do Exército se aglomeravam pelas ruas.

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O discurso de Choe, vice-presidente da poderosa Comissão Militar Central, seguiu o de Kim Yong-nam, presidente da Assembleia Popular Suprema (o Parlamento norte-coreano), segundo as imagens exibidas pela televisão estatal KCTV. O destaque do evento foi a ausência de Kim Kyong-hui, irmã do falecido Kim Jong-il, tia do atual líder e viúva de Jang Song-thaek, o ex-número dois do regime executado na semana passada por conspiração e traição. A execução do tio e mentor político do jovem Kim provocou questionamentos sobre a estabilidade do regime.

Todos os níveis de poder e controle da Coreia do Norte pareciam estar presentes para mostrar lealdade a Kim e ao Estado, disse à CNN Daniel Pinkston, analista sênior do International Crisis Group. “Kim Jong-un usa essas datas para que as pessoas na liderança estendam suas promessas de fidelidade e lealdade ao regime”, disse Pinkston. “Há muita atenção sobre ele por causa do recente expurgo e execução de Jang Song-thaek”, completou.

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Na segunda-feira, em um evento separado, membros do exército norte-coreano juraram lealdade ao ditador Kim em uma parada militar nos arredores do Palácio Kumsusan, informou a agência de notícias estatal norte-coreana. Os participantes “prometeram solenemente tornarem-se ‘balas e bombas humanas’ para proteger Kim e o regime”.

No dia 17 de dezembro do ano passado, o primeiro aniversário da morte do chamado “querido líder”, aconteceu uma das típicas concentrações de massa em Pyongyang presidida por Kim Jong-un, além de uma cerimônia de homenagem ao corpo embalsamado do falecido ditador, que está no Palácio Kumsusan. Kim Jong-il morreu há dois anos de um infarto do miocárdio, o que deu início a era de seu filho, Kim Jong-un, à frente do país governado por três gerações da mesma família desde a sua fundação em 1948.

(Com agências EFE e France-Presse)

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