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Kiev afirma que vai reagir se Rússia invadir território ucraniano

O presidente interino, no entanto, descartou defender a Crimeia, pois pretende manter suas tropas protegendo as fronteiras ao leste da Ucrânia

Por Da Redação
12 mar 2014, 08h32

O presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, revelou na noite desta terça-feira que se os russos “ampliarem sua agressão ao território ucraniano, o Exército reagirá”. Turchinov disse também que “fará em breve uma convocação parcial de reservistas, pois não se manterá impassível diante da agressão”. O presidente interino ainda pediu que os Estados Unidos e União Europeia (UE) pressionem a Rússia para “deter sua agressão militar e as provocações contra a Ucrânia”. Kiev “precisa de uma ajuda importante, e não apenas econômica, mas também técnico-militar”, disse.

Porém, apesar de sinalizar um endurecimento bélico para proteger seu país, ele revelou que a Ucrânia não intervirá militarmente na Crimeia para evitar a anexação da península à Rússia, e se concentrará na defesa de sua fronteira leste. “Não vamos nos envolver em uma operação militar na Crimeia para não deixar desprotegida a fronteira leste da Ucrânia. Os militares russos estão contando com isso”, disse Turchinov. Na fronteira leste ucraniana se concentram importantes unidades blindadas.

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Turchinov também considerou que o referendo para a adesão à Rússia, que será realizado neste domingo, 16 de março, por decisão das autoridades separatistas da Crimeia, será uma “farsa” decidida nos “gabinetes do Kremlin”. “A maioria dos habitantes da Crimeia vai boicotar esta provocação”, afirmou o presidente interino, que abandonará o cargo após as eleições previstas para o próximo 25 de maio. Segundo ele, o resultado já está decidido, e os “militares russos” vão preencher as cédulas com “números falsos”.

Ajuda dos EUA – Em Washington, as duas câmaras do Congresso americano condenaram nesta terça a intervenção russa na Ucrânia, na véspera da chegada à cidade do premiê ucraniano, Arseniy Yatsenyuk. A Câmara de Representantes (de deputados) aprovou por 402 votos a sete uma resolução que condena “a violação da soberania, da independência e da integridade territorial da Ucrânia por parte das forças militares da Federação Russa”. O texto pede ao Executivo americano a “adoção de sanções diplomáticas, financeiras, comerciais contra altos funcionários da Federação Russa, bancos e organizações comerciais controladas pelo Estado russo”. No Senado, a resolução aprovada por consenso rejeita “a agressão ilegal da Rússia contra a Ucrânia”. Essas medidas simbólicas precedem a votação da ajuda econômica prometida por Washington à Ucrânia, constituída de garantias de crédito de 1 bilhão de dólares.

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Ultranacionalista – Um tribunal de Moscou, na Rússia, emitiu nesta quarta-feira uma ordem de prisão para o líder da organização ultranacionalista ucraniana Pravy Sektor (setor da direita, em tradução livre), Dmitri Yarosh, acusado de incitação ao terrorismo, informaram fontes judiciais. A Procuradoria Geral da Ucrânia declarou que não existem motivos para a prisão de Yarosh, muito menos para extraditá-lo a outro país.

O líder ultranacionalista, um dos protagonistas da revolução ucraniana que derrubou o regime do presidente Viktor Yanukovich no mês passado, anunciou que concorrerá à Presidência do país nas eleições antecipadas convocadas para o próximo dia 25 de maio. Após a saída de Yanukovich, as novas autoridades ucranianas ofereceram a Yarosh o cargo de secretário adjunto do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, mas ele rejeitou a proposta.

(Com agências France-Presse e EFE)

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