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Justiça argentina convoca vice-presidente para depor em caso de corrupção

Amado Boudou é acusado de favorecer uma empresa que tinha problemas com o Fisco

Por Da Redação
30 Maio 2014, 10h47

A Justiça da Argentina convocou nesta sexta-feira para depor o vice-presidente, Amado Boudou, em um julgamento por corrupção. Boudou é investigado por negociações incompatíveis com a função pública e por enriquecimento ilícito, informa o jornal Clarín. O vice-presidente deve comparecer como acusado diante do tribunal liderado pelo juiz federal Ariel Lijo no dia 15 de julho, segundo o Centro de Informação Judicial.

É a primeira vez que um vice-presidente do governo em exercício é convocado para depor como réu nos tribunais na Argentina, reporta o jornal. O chefe de Gabinete do Executivo de Cristina Kirchner, Jorge Capitanich, disse nesta sexta que “o vice-presidente da nação sempre manifestou sua vontade de cumprir todas as instâncias judiciais diante de qualquer eventual convocação de um juiz da República, portanto, está à disposição da Justiça como sempre”.

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O governo de Cristina colocou o vice-presidente em segundo plano desde seu suposto envolvimento no caso, mas reiterou seu apoio em várias ocasiões. Boudou já havia se apresentado perante o tribunal de forma voluntária em fevereiro, depois que a promotoria argentina solicitou ao juiz que lhe convocasse.

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Entenda o caso – Em julho de 2010, uma investigação de privilégio comercial conduzida pelo Fisco argentino pediu à Justiça a quebra do sigilo da gráfica Ciccone, que mantém contratos com o governo e, entre outras atividades, vende papel-moeda ao Banco Central argentino. A Justiça suspendeu o pedido três meses depois, por solicitação da própria empresa, após ter negociado um plano de pagamentos de multas com o Fisco. Uma investigação descobriu que o Ministério da Economia, pasta então ocupada por Amado Boudou, teria pressionado o Fisco a favor da empresa.

Após o episódio, a companhia foi vendida para o fundo de investimentos The Old Fund, presidida por Alejandro Vandenbroele, que é apontado como testa-de-ferro de Boudou, embora o vínculo tenha sido negado pelo vice-presidente. Amado Boudou deixou a pasta de Economia após as eleições de 2011 para ocupar a vice-presidência, mas as denúncias por seu suposto envolvimento em escândalos de corrupção ofuscaram sua carreira política e enterraram seu desejo de suceder Cristina Kirchner na presidência do país.

(Com agência EFE)

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