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Judeus holandeses exigem que livraria retire ‘Mein Kampf’ de suas prateleiras

Na Holanda, obra é proibida desde 1974. Três exemplares estão à venda em "livraria totalitária" de Amsterdã

Por Da Redação
28 out 2013, 11h29

A Federação de Judeus Holandeses vai processar uma livraria de Amsterdã por vender exemplares de Mein Kampf (Minha Luta), obra de Adolf Hitler cuja comercialização é proibida na Holanda desde 1974. A Totalitarian Art Gallery (a galeria de arte totalitária, em tradução livre) tem em suas prateleiras duas cópias do livro original e uma tradução em holandês, informou nesta segunda-feira o jornal local NRC. A loja de nome sugestivo também vende outros objetos de regimes totalitários, como relíquias russas da ditadura stalinista e objetos da China maoísta.

O proprietário da livraria, Michiel van Eyck, afirmou que não está “surpreso” com a ação, mas justificou a venda das obras por sua importância histórica e ressaltou que nunca as expôs em sua vitrine. O presidente da Federação de Judeus Holandeses, Herman Loonstein, defendeu a ação contra a livraria, considerando que “em um momento do grande aumento do antissemitismo é importante que sejam tomadas medidas duras contra esta forma de discurso do ódio”.

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A federação disse que pedirá a retirada imediata das obras da livraria. A organização anunciou ainda que fará uma denúncia contra o site Wikipedia por permitir o download do livro de Hitler. A polêmica reavivou um debate que já tinha vindo à tona há seis anos no país, quando o Parlamento holandês votou sobre a anulação da proibição, que impede a compra e venda da obra Mein Kampf, mas não sua leitura. À época, maioria do Parlamento conseguiu manter a proibição.

No livro, Hitler expõe o ideário básico do nazismo, incluindo elementos como o antissemitismo, que, mais tarde, serviria de força motriz para todo o horror do Holocausto. Redigido pelo nazista durante sua prisão, em 1924, Mein Kampf chegou a ser distribuído como presente de casamento na década de 1930. Dez milhões de exemplares em alemão foram editados até 1945, segundo o historiador Ian Kershaw, biografo de Hitler.

(Com agência EFE)

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