Jornalista que afirma ter sido atacada por DSK lança livro
Na obra 'O Baile dos Hipócritas', Tristane Banon conta a sua versão do caso
A jornalista e escritora francesa que acusa o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn de tentativa de estupro, conta sua versão do caso em um novo livro, que começa a ser vendido na próxima semana.
Entenda o caso
- • A jornalista francesa Tristane Banon acusa Dominique Strauss-Kahn de tentativa de estupro quando o entrevistava para um livro em 2003, quando ela tinha 23 anos.
- • A primeira vez que ela falou sobre o caso foi em 2007, a um programa de TV, e desde então o caso havia sido esquecido – segundo ela, a pedido de sua mãe, colega de partido de DSK.
- • Quatro anos depois, Tristane decidiu reavivar a história, aproveitando-se do processo movido pela camareira de um hotel de luxo de Nova York, que dizia ter sido atacada por Strauss-Kahn.
- • O caso nos Estados Unidos foi arquivado por falta de provas e DSK pode voltar para a França, onde agora precisa enfrentar a Justiça nesta nova acusação, enquanto processa a jornalista por calúnia.
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Autora de um ensaio jornalístico e três romances, Tristane Banon lança agora Le Bal de Hypocrites (O Baile dos Hipócritas). Publicada pela Diable Vauvert, a obra tem 126 páginas e custará 15 euros (cerca de 38 reais).
“É um livro escrito de maneira magnífica por uma mulher ferida, de uma sinceridade total, onde mais do que narrar os detalhes do incidente com o político, ela explica seus sentimentos depois do acontecido”, resume a editora.
Justiça – O processo movido por Tristane contra DSK, como é conhecido na França, já foi encaminhado à Procuradoria, que deverá decidir se a acusação de tentativa de estupro, que teria ocorrido em 2003, prescreveu – o que levaria ao arquivamento do caso – ou se ainda pode ser conduzida a um juiz de instrução.
Em 29 de setembro a jornalista e Strauss-Kahn participaram de uma acareação na polícia, na qual Tristane manteve as acusações ao político, que a processa por calúnia. O novo escândalo mancha ainda mais a figura de Strauss-Kahn, que recentemente se viu envolvido em um caso semelhante nos Estados Unidos, onde a camareira de um hotel de luxo também o acusou de crimes sexuais. Este caso, no entanto, foi arquivado por falta de provas e credibilidade da vítima.
(Com agência EFE)