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Jornalista francês desaparecido na Colômbia está ferido

Ministro da Defesa da Colômbia disse que Romeo Langlois foi atingido por um tiro no braço esquerdo durante combates entre a guerrilha e forças militares

Por Da Redação
29 abr 2012, 19h54

O jornalista francês Romeo Langlois, em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) segundo o chanceler francês Alain Juppé, foi ferido no braço esquerdo durante combates entre a guerrilha e as forças militares colombianas no sul do país. A informação é do ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón.

“O que as pessoas que estavam com ele até o último instante me contaram é que em algum momento Romeo foi atingido por um tiro no braço esquerdo. No meio da tensão e da pressão no local, ele teria tomado a decisão de tirar o colete, o capacete, e ao manifestar ou destacar que era civil, seguiu para a área de onde os guerrilheiros disparavam”, disse Pinzón à imprensa. “Esta é toda a informação que temos sobre ele. Não sabemos, de maneira concreta, o que mais aconteceu com ele”, completou o ministro.

Pinzón também pediu às Farc que respeitem a vida de Langlois, correspondente da emissora de TV France 24. “Lamentamos muito o ocorrido. E, claro, por ser um correspondente de guerra que pode estar em zonas de conflito, é necessário exigir que a organização terrorista Farc, se estiver com ele, respeite sua vida e se responsabilize por qualquer situação que ocorra a este indivíduo”, declarou.

Mais cedo, o ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, havia afirmado que o correspondente era prisioneiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). “O centro de crise está mobilizado, estamos em contato com as autoridades colombianas”, disse Juppé.

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A TV France 24 havia confirmado na manhã deste domingo o desaparecimento de Langlois, de 35 anos. O jornalista fazia uma reportagem sobre operações de combate às drogas das forças militares colombianas no departamento de Caquetá (sul), quando a patrulha que acompanhava foi atacada pelas Farc. Quatro militares morreram e oito foram feridos no confronto, segundo as autoridades colombianas. Cinco soldados que estavam desaparecidos foram encontrados pela tropa horas depois.

Experiência – Especializado em conflito armado da Colômbia, Langlois é correspondente no país há uma década. O grupo Audiovisual Exterior da França (AEF), a que pertence o canal France 24, afirmou neste domingo estar “preocupado” com o paradeiro do jornalista, apesar de “confiar” nele e em sua experiência. “Sabemos que é uma região perigosa. Estamos, claro, preocupados, mas confiamos em Romeo, que conhece bem o terreno e tem muita experiência”, afirmou a diretora da redação da AEF, Nahida Nakad, em um comunicado.

A patrulha com que Langlois viajava foi atacada no lugar conhecido como União Peneya, na zona rural do município de Montanhita, depois de os militares destruírem cinco laboratórios para processamento de cocaína com capacidade para produzir duas toneladas semanais do alcaloide e 400 quilos de pasta base de coca, segundo o ministério da Defesa.

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O ministro da Defesa e os comandantes das Forças Militares, general Alejandro Navas, e do Exército, general Sergio Mantilla, se dirigiram ao local dos fatos. No começo de abril, as Farc libertaram 10 policiais e militares que mantinham sequestrados há mais de 12 anos e que eram seus últimos reféns militares. A guerrilha tinha emitido um comunicado em março anunciando a renúncia ao sequestro de civis com fins extorsivos.

O ataque mais violento das Farc este ano aconteceu em março, quando onze militares morreram em Arauquita, próximo à fronteia com a Venezuela. As Farc, principal guerrilha esquerdista da Colômbia com mais de 45 anos de existência, conta com cerca de 9.200 combatentes, segundo o Ministério da Defesa.

(Com AFP)

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