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Jihadistas ocupam antiga fábrica de armas químicas de Saddam Hussein

Autoridades dos EUA não acreditam que os estoques inutilizados armazenados no local possam ser usados pelos terroristas

Por Da Redação
19 jun 2014, 19h34

Os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) tomaram o controle de uma antiga fábrica de armas químicas que operou durante o regime de Saddam Hussein (1979-2003) e que ainda contém alguns estoques inutilizados dessas armas, informaram fontes do Departamento de Estado e do governo americano citadas pelo jornal The Wall Street Journal.

As autoridades americanas também afirmaram que não acreditam que o grupo será capaz de usar o material para produzir uma arma química funcional. Os estoques de agentes químicos armazenados no complexo chamado Al Muthanna, que fica a cerca de 70 quilômetros de Bagdá, são antigos, difíceis de manejar e estão na maior parte contaminados, de acordo com essas fontes.

No entanto, segundo o WSJ, a captura do complexo tem sido acompanhada pelos EUA. “Nós nos preocupamos com a tomada de qualquer complexo militar pelo EIIL”, disse Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado. “Mas também não acreditamos que o complexo contenha armas químicas com valor militar e também é muito difícil, se não impossível, mover com segurança qualquer um desses materiais”.

Fontes das Forças Armadas dos EUA afirmaram ao jornal que sabiam sobre o estoque em Al Muthanna e que as armas não teriam sido deixadas lá se elas ainda representassem uma ameaça. “As únicas pessoas que podem sofrer algum risco com essas armas são as que eventualmente mexerem nelas”, disse um militar, fazendo referência a uma possível contaminação.

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A tomada do complexo é mais um dos sinais do caos provocado no Iraque pela ofensiva dos militantes do EIIL, que conseguiram tomar várias cidades e chegaram a ficar no controle da maior refinaria do país. O WSJ aponta que é irônico que este novo capítulo da guerra do Iraque, que começou há mais de dez anos com a justificativa de erradicar as armas químicas de Saddam, envolva a tomada dessas mesmas armas por terroristas muçulmanos.

Durante a guerra que o Iraque travou com o Irã na década de 80, Saddam usou o complexo de Al Muthanna para fabricar gases como sarin e mostarda e o agente nervoso VX. No final dos anos 90 e começo dos 2000, Saddam desmantelou o complexo e inutilizou os estoques graças à pressão de inspetores das Nações Unidas. Quando as Forças Armadas americanas invadiram o país, não encontraram nenhuma arma funcional, apenas esses estoques inutilizados que agora caíram nas mãos dos jihadistas. De acordo com o governo americano, a maior parte dessas armas está em depósitos subterrâneos que tiveram as entradas obstruídas. Até agora, os jihadistas não teriam tentado abrir as portas.

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