Israel legaliza três colônias instaladas na Cisjordânia
Assentamentos da década de 90 foram legitimados por Benjamin Netanyahu
O governo de Israel legalizou três colônias instaladas sem autorização na Cisjordânia, anunciou nesta terça-feira o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “Na segunda-feira à noite, um comitê ministerial decidiu formalizar os estatutos de três comunidades estabelecidas nos anos 90 por decisões de governos precedentes”, afirma um comunicado oficial.
As três colônias ilegais – Bruchin, que tem 350 habitantes, Sansana e Rechelim, cada uma com 240 habitantes – não possuíam estatutos oficiais desde o assentamento. O governo israelense havia prometido regularizá-las ante a Suprema Corte. Uma fonte do governo afirmou que “a decisão não muda a realidade no terreno, nem significa o estabelecimento de novas colônias ou a ampliação das já existentes”.
Israel considera as colônias construídas sem a aprovação do governo ilegais. Para a comunidade internacional, todas as colônias são ilegais, apesar da legalização por parte do governo israelense.
Crítica – A organização pacifista israelense Shalom Achshav (‘Paz Agora’, em hebraico) considera que a decisão prejudicará ainda mais as relações com os palestinos. “Os truques de Netanyahu não podem ocultar o fato de que, em vez de avançar rumo à paz, o governo está anunciando o estabelecimento de três novos assentamentos pela primeira vez desde 1990”, assinala a ONG.
Leia mais sobre o conflito entre Israel e Palestina:
Israel x Palestina: dos dois lados do muro
Sderot, a cidade blindada que vive à espera de um ataque
Vidas que levam as marcas da Segunda Intifada
‘Não queremos nosso povo morto’, afirma Defesa de Israel
Sobre judeus e árabes: boas cercas fazem bons vizinhos?
Traumas na vida de dois soldados: israelense e palestino
(Com agências France-Presse e EFE)