Israel intensificará ataques à Faixa de Gaza
Decisão é resposta ao lançamento de foguetes e morteiros a partir da região por parte do grupo islâmico radical Hamas
Israel informou neste domingo que está preparado para expandir os ataques sobre a Faixa de Gaza. A ação é uma resposta à intensificação do lançamento de foguetes e morteiros na área por parte do grupo islâmico radical Hamas.
Um ataque com mísseis feriu quatro soldados israelenses que faziam patrulha em um jipe ao longo da fronteira de Gaza no sábado, provocando um tiroteio que matou quatro civis palestinos, seguido por dezenas de lançamentos de foguetes de curto alcance a partir de Gaza. Os ataques paralisaram as cidades na fronteira ao sul de Israel. Dois militantes palestinos morreram nos ataques aéreos israelenses que se seguiram.
Israel foi à guerra com o Hamas no inverno de 2008-09, mas vem mostrando pouco apetite para um novo combate. Uma nova guerra poderia deteriorar ainda mais as frágeis relações com o novo governo islamista no vizinho Egito, que selou a paz com Israel em 1979.
Por outro lado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não pode parecer fraco faltando dois meses para as eleições gerais, que acontecem no dia de 22 de janeiro. Segundo as pesquisas de intenção de voto, ele vai vencer. “O mundo precisa entender que Israel não vai ficar sentado com os braços cruzados diante de tentativas de nos ferir. E estamos preparados para endurecer a resposta”, disse Netanyahu a seu gabinete, em declarações transmitidas por emissoras israelenses.
Apesar de não participar abertamente no combate de sábado, que incluiu o disparo de dezenas de foguetes de curto alcance e morteiros, o Hamas divulgou um comunicado em conjunto com outras cinco facções reivindicando a responsabilidade pelos ataques deste domingo. Embora seja claramente hostil a Israel, no passado, o Hamas evitou confrontos diretos enquanto tentava consolidar seu governo em Gaza e convencer os novos governantes do Egito de que pode ser uma fonte estabilizadora da região.
(Com agência Reuters)