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Irã sofre um ataque cibernético massivo

O vírus Stuxnet teria infectado 60% dos computadores do país, incluindo os da Usina nuclear de Bushehr

Por La Vanguardia
29 set 2010, 18h19

Os especialistas consideram que o Stuxnet é o primeiro vírus capaz de penetrar nos sistemas automáticos de controle de infraestruturas públicas como centrais elétricas e nucleares, represas e indústrias químicas

O Irã sofreu ontem o que, a se confirmar, seria o maior ataque cibernético da história. Os sistemas de controle da central nuclear de Bushehr, assim como os de outras indústrias, foram afetados por um vírus de potência sem precedentes, chamado Stuxnet.

Especialistas israelenses afirmam que o Stuxnet foi desenhado para tentar frear o programa nuclear iraniano. Dada a sua complexidade sem precendentes, é impossível que tenha sido criado por um hacker solitário. Tudo aponta para uma equipe de profissionais que teve meios e dinheiro suficiente e, pelo menos, seis meses de tempo para prepará-lo. Fontes afirmam que apenas Israel e Estados Unidos dispõem dos recursos necessários para criar um vírus tão agressivo e complexo como o Stuxnet.

“Esta é uma guerra de nova geração e os serviços de inteligência israelenses levam anos melhorando sua capacidade ofensiva e defensiva”, disse um especialista que pediu para ficar no anonimato.

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Teerã confirmou no domingo que o ataque havia afetado os computadores da equipe da central de Bushehr, incluindo o de seu diretor, mas não os sistemas-chave de funcionamento. É possível que o vírus tenha alcançado também a Natanz, onde o Irã enriquece urânio, e a outros 30 mil computadores em todo o país.

Os especialistas consideram que o Stuxnet é o primeiro vírus capaz de penetrar nos sistemas automáticos de controle de infraestruturas públicas como centrais elétricas e nucleares, represas e indústrias químicas.

Um especialista consultado pelo La Vanguardia, antigo assessor do ministério da Defesa de Israel, crê que o Stuxnet pode ser obra da unidade 8 200 de espionagem militar e do Mossad. O Irã, de fato, acusou Israel e Estados Unidos pelo ataque. Os dois governos se mantêm em silêncio.

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Sessenta por cento dos computadores iranianos poderiam ter sido infectados, assim como 20% dos computadores na Indonésia e 8% na Índia. A central de Bushehr, apesar do ataque, mantém seu calendário de abertura para novembro.

O Stuxnet “é um vírus que se converte em agente silencioso e pode ser acionado à distância no momento em que seu criador quiser, sem que o usuário saiba disso”, explica o jornalista Yossi Melman, correspondente para assuntos militares e de inteligência do jornal Haaretz, de Jerusalém. As autoridades israelenses afirmam que ele muda com rapidez.

“Tínhamos previsto eliminá-lo em dois meses, mas ele é muito instável. Três novas versões apareceram desde que começamos a atacá-lo”, afirmou Hamid Alipur, da sociedade estatal de informática, à agência oficial iraniana Irna. “O Stuxnet funciona como uma arma cibernética e provocará uma nova corrida armamentista”, disse a companhia alemã Kepersky Labs em um comunicado.

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