Teerã, 24 fev (EFE).- O Irã protestou ao Conselho de Segurança da ONU pelas supostas ações hostis de Israel contra o país e rejeitou as recentes acusações feitas contra Teerã pelo regime israelense, informou nesta sexta-feira a agência local ‘Fars’.
Em carta dirigida ao Conselho de Segurança, enviada com cópia ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o embaixador do Irã nas Nações Unidas, Mohammad Khazaee, acusou o governo israelense de realizar ‘operações secretas, guerra cibernética, guerra psicológica e assassinatos de cientistas nucleares’, além de fazer ‘ameaças de guerra’ contra o Irã, segundo a agência.
A carta foi divulgada um dia após o Conselho de Segurança da ONU condenar por unanimidade, a pedido de Israel, os ataques contra funcionários e membros das embaixadas israelenses em diferentes pontos do mundo, pelos quais o governo israelense culpa o Irã e o grupo fundamentalista xiita libanês Hisbolá.
‘Infelizmente, a impunidade com a qual o regime sionista (Israel) conseguiu realizar seus crimes até agora o estimulou a continuar e inclusive aumentar seu desafio flagrante aos princípios mais básicos e fundamentais do direito internacional e da Carta das Nações Unidas’, acrescenta o documento de Khazaee.
Sobre os recentes atentados contra diplomatas israelenses em Nova Délhi, Tbilisi e Bangcoc, dos quais Israel responsabiliza o Irã e o Hisbolá, Khazaee negou o envolvimento de seu país.
‘Estas operações, assim como a atribuição dos atos de violência (ao Irã), são parte da guerra geral levada a cabo por esse regime (Israel) contra o Irã’, destaca a carta, que sugere que os próprios israelenses organizaram as ações contra suas missões diplomáticas para culpar Teerã. EFE