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Integrante de grupo de extrema direita é morto na Ucrânia

Oleksander Musychko fazia parte do Setor de Direita, grupo que atacou veículos da polícia durante os protestos que levaram à destituição de Viktor Yanukovich

Por Da Redação
25 mar 2014, 14h37

Um dos principais integrantes de um grupo ucraniano de extrema direita foi morto em uma operação especial da polícia em um café na região de Rivne, no oeste do país. Oleksander Musychko, também conhecido como Sashko Bily, fazia parte de um movimento nacionalista linha-dura que teve um importante papel nos protestos que resultaram na destituição de Viktor Yanukovich.

A deposição do presidente ocorreu depois de três meses de manifestações contra sua decisão de rejeitar uma aproximação com a União Europeia. O grupo Setor de Direita levou os protestos para outro patamar em janeiro, ao atacar veículos da polícia com coquetéis molotov e tijolos.

O Ministério do Interior em Kiev afirmou que Bily foi morto ao tentar fugir da polícia na noite de segunda-feira. Ele teria pulado uma janela e começado a atirar contra os agentes. A versão oficial foi contestada por Oleksander Doniy, membro independente do Parlamento. Sem revelar a fonte de sua informação, ele disse que o ativista foi executado com dois tiros no peito.

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Moscou afirma que as atividades do Setor de Direita e de outros grupos nacionalistas ucranianos são uma ameaça à população de origem russa no país – argumento utilizado por Vladimir Putin para tentar justificar a anexação da Crimeia, península no sul da Ucrânia. A propaganda do Kremlin tenta aumentar a real influência do grupo de Muzychko na política ucraniana. O chefe da organização, Dmytro Yarosh, diz que pretende concorrer à Presidência nas eleições marcadas para o dia 25 de maio, mas especialistas avaliam que suas chances são pequenas.

Autoridades russas haviam emitido um pedido de prisão contra Muzychko sob a acusação de lutar com os rebeldes contra soldados russos na região da Chechênia, nos anos 1990. Para o governo interino da Ucrânia, ele era procurado por vandalismo e por atacar um promotor local – em um vídeo, o extremista aparece com um rifle AK-47 em uma sessão da Câmara Municipal no oeste da Ucrânia e ataca um promotor. Depois desse episódio, o Ministério do Interior prometeu investigar o caso.

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Rússia – O argumento de Putin para anexar a Crimeia não justifica uma violação da lei internacional, mas, de fato, há nacionalistas de extrema direita entre os manifestantes que derrubaram o governo e dentro do governo provisório que foi formado após a saída de Yanukovich.

O partido nacionalista ucraniano Svoboda (Liberdade) ocupa alguns ministérios, e o vice-premiê também representa a legenda. O Setor de Direita ocupa a cadeira da vice-liderança no Conselho Nacional de Segurança, segundo a revista americana Foreign Policy. A publicação lembra ainda que antes do referendo na Crimeia sobre a anexação à Rússia, um dos integrantes do Svoboda apresentou uma proposta para que todos os negócios do governo fossem feitos em ucraniano, o que marginalizou um terço dos cidadãos que falam russo.

Foi o acordo de paz assinado nos últimos dias do governo Yanukovich, com o apoio de França e Alemanha, que deu mais espaço para a legenda nacionalista. A reportagem alerta que cabe aos governos ocidentais diferenciar melhor com quais lideranças ucranianas vai se aliar. A boa notícia, destaca a FP, é que os integrantes do Svoboda no Parlamento têm bem menos popularidade que outras figuras, como o ex-campeão mundial de boxe Vitali Klitschko e a ex-premiê Yulia Tymoshenko, da centro-direita.

(Com agência Reuters)

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