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Hu Jintao: ‘Corrupção pode levar à queda do estado’

Em discurso na abertura do Congresso do Partido Comunista, presidente da China faz advertência a corruptos, após vários casos emergirem recentemente

Por Da Redação
8 nov 2012, 01h41

Na abertura do Congresso do Partido Comunista, nesta quinta-feira, o presidente da China Hu Jintao ressaltou a necessidade urgente do partido lutar contra a corrupção interna sob a hipótese de um eventual fracasso causar “a queda do estado”.

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Perante os mais de dois mil delegados do PC reunidos no encontro, Hu qualificou a corrupção de “sério desafio” e declarou: “Se falharmos no tratamento desta questão, pode ser fatal para o partido, pode até mesmo causar o colapso do partido e a queda do estado”.

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A afirmação do também secretário-greal do Partido Comunista chinês foi feita após o surgimento de vários casos e denúncias de dirigentes corruptos nos últimos meses. O escândalo de maior repercussão envolveu um dos antigos “príncipes” do regime comunista, Bo Xilai, mas até mesmo o primeiro-ministro Wen Jiabao teve que se defender de acusações de desvio de dinheiro, após a publicação de uma reportagem no jornal americano The New York Times no final de outubro. Leia também: China censura NYT após matéria sobre fortuna de premiê PC chinês anuncia investigação sobre fortuna de premiê Hu ainda fez uma advertência dura aos corruptos: ‘Ninguém está autorizado a colocar-se acima da organização do partido”, afirmou, acrescentando que “todos os que violarem a disciplina do partido e as leis estatais, não importa quem sejam ou a posição que tenham, deverão ser levados à Justiça sem piedade”.

Resposta – A tentativa da cúpula do regime de mostrar-se implacável com a corrupção teve um de seus grandes exemplos no caso Bo Xilai, ex-homem forte de Chongqing, uma metrópole de 30 milhões de habitantes do sudoeste da China. Acusado de corrupção, abuso de poder e relações “inapropriadas” com mulheres, ele foi expulso do partido, perdeu os cargos que ocupava, entre eles o de deputado, e com isso a imunidade parlamentar. Agora, Bo deve ser processado criminalmente.

Além disso, a esposa de Bo Xilai, Gu Kailai, foi condenada à pena de morte com sursis – suspensão condicional da pena e que neste caso equivale à prisão perpétua – em agosto pelo assassinato do empresário britânico Neil Heywood. Já Wang Lijun, chefe de polícia de Chongqing e braço direito de Bo Xilai, envolvido no caso, foi condenado a 15 anos de prisão por ter solicitado asilo político no consulado americano de Chengdu.

Outro caso de corrupção que explodiu este ano envolveu o ex-ministro das Ferrovias, Liu Zhijun, recentemente expulso do partido por ter aceitado suborno no curso da multimilionária construção da rede de alta velocidade chinesa. Já o primeiro-ministro Wen Jiabao, acusado de ter enriquecido graças à sua posição, tomou a iniciativa de pedir ao Partido Comunista que investigue o seu patrimônio.

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Transição – O 18º Congresso do Partido Comunista da China, no qual será definida a nova cúpula do governo que comandará o país para a próxima década, se encerrará em 14 de novembro. No encontro, será nomeado secretário-geral do partido o atual vice-presidente, Xi Jinping, que nos próximos meses assumirá a chefia do estado.

Delegados do Partido Comunista chinês iniciam o 18º Congresso no Grande Salão do Povo, em Pequim
Delegados do Partido Comunista chinês iniciam o 18º Congresso no Grande Salão do Povo, em Pequim (VEJA)

(Com agência EFE)

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