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Horror na Síria não tem precedente, diz enviado da ONU

Ban Ki-moon, secretário-geral da entidade, também pediu fim da violência

Por Da Redação
30 jan 2013, 00h21

O enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para o conflito na Síria, Lakhdar Brahimi, pediu nesta terça-feira que o Conselho de Segurança aja imediatamente para pôr fim aos “níveis de horror sem precedentes” registrados na guerra civil síria e afirmou que o país está sendo destruído diante dos olhos da comunidade internacional.

“O Conselho não pode simplesmente dizer ‘Estamos divididos, e vamos esperar um momento melhor’. Eles (os membros do Conselho) devem enfrentar o problema agora”, declarou Brahimi à imprensa depois de uma reunião na sede da ONU. O mediador das Nações Unidas e da Liga Árabe na Síria apresentou ao Conselho de Segurança um relatório de seus esforços e constatou que não houve progressos pela paz. “Se tivéssemos exercido um pouco mais de pressão, talvez houvesse um pouco mais de progresso”.

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Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, denunciou os “horrores” incessantes na Síria, pediu o fim da violência e mais ajuda para a região que vive uma situação catastrófica que se deteriora a cada dia. “Quantas pessoas serão mortas se esta situação continuar?”, disse Ban, durante um conferência de doadores no Kuweit, organizada para financiar as ações de ajuda humanitária da ONU.

Corpos em rio – Ao comentar o novo e chocante massacre na cidade de Alepo, onde dezenas de corpos foram encontrados em um rio, Brahimi afirmou que o conflito “alcançou níveis sem precedentes de horror. A tragédia não tem fim”.

Os mortos, jovens com cerca de 20 anos, foram executados com tiros na cabeça e a maioria tinha as mãos atadas, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma ONG com sede na Grã-Bretanha que baseia suas informações em uma ampla rede de militantes e médicos na Síria. O regime do ditador Bashar Assad acusou os islamitas radicais da Frente Al Nusra de serem os autores das execuções, segundo a agência oficial Sana.

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Sequestro e morte – “Grupos terroristas da Frente Al Nusra efetuaram uma operação de execuções coletivas que custou a vida de dezenas de civis sequestrados e que tiveram seus corpos retirados do rio Qouweiq”, indicou o governo. Segundo a agência France-Presse, uma autoridade dos serviços de segurança afirmou que os corpos são de cidadãos de Boustane al Kasr que foram sequestrados por grupos terroristas depois de terem sido acusados de serem a favor do regime.

Abou Seif, combatente rebelde do Exército Livre Sírio, contestou a versão do governo, a quem acusou de jogar os corpos no rio “para que chegassem à área sob nosso controle, para que as pessoas acreditassem que fomos nós que os matamos”. Diante das dificuldades para o trabalho da imprensa internacional na Síria, não é possível confirmar quem tem razão na troca de acusações, se os rebeldes ou o regime.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, o conflito deixou nesta terça-feira 91 mortos: 38 civis, incluindo seis crianças, 30 soldados e 23 rebeldes. Mais de 60.000 pessoas já morreram na guerra civil síria, aponta a ONU.

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(Com agência France-Presse)

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