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Hillary diz que sua família saiu ‘falida’ da Casa Branca

Em entrevista para divulgar livro, principal nome democrata à sucessão de Obama comentou o caso Monica Lewinsky e o ataque terrorista em Bengasi

Por Da Redação
10 jun 2014, 06h27

Ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Hillary Clinton disse em uma entrevista transmitida nesta segunda-feira pela rede americana ABC que sua família estava “completamente falida” e com várias dívidas quando deixou a Casa Branca, mais de 12 anos atrás.

“Deixamos a Casa Branca não só falidos, mas com muitas dívidas. Não tínhamos dinheiro quando chegamos lá e custamos para reunir os recursos para as hipotecas, as casas, a educação de Chelsea (sua filha única). Não foi fácil”, afirmou Hillary na véspera do lançamento de seu novo livro, Hard Choices (Decisões Difíceis), relato de seus anos à frente do Departamento de Estado ainda sem previsão de lançamento no Brasil.

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A ex-primeira-dama justificou que, por causa das dívidas, tanto ela quanto seu marido Bill Clinton cobraram para dar palestras desde que deixaram a Casa Branca – Hillary chega a cobrar 200.000 dólares em algumas conferências, enquanto o ex-presidente já ganhou 750.000 dólares por uma única palestra.

Segundo estimativa da emissora CNN, no final do ano 2000, perto de Bill Clinton concluir seu segundo mandato, a família devia entre 2,28 milhões e 10,6 milhões de dólares. Com os ganhos das palestras, o casal saldou todos os seus débitos em 2004 e, desde então, viu seu patrimônio se agigantar. As conferências já teriam rendido 106 milhões de dólares a Bill Clinton desde que ele deixou a Presidência.

No caso de Hillary, após sua saída do Departamento de Estado em 2013, ela teria acumulado até 5 milhões de dólares com as palestras, segundo dados da revista Mother Jones. Nem sempre, no entanto, o casal cobra pelo trabalho.

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Perguntada na entrevista se considerava que os americanos poderiam entender como um valor “cinco vezes maior que salário médio nacional” pudesse ser cobrado por um único discurso, Hillary Clinton rebateu: “Acho que cobrar por palestras é muito melhor do que se juntar a um grupo ou empresa como fizeram tantos outros que deixaram a vida pública”.

Traição – Hillary também afirmou diante das câmeras que “virou a página” sobre a aventura extraconjugal de seu marido com a ex-estagiária Monica Lewinsky, que no mês passado, após dez anos longe dos holofotes, reapareceu em uma entrevista para a revista Vanity Fair, na qual voltou a falar sobre seu “affair” presidencial.

‘(Ela) é perfeitamente livre para fazê-lo (falar sobre o escândalo). A vejo como uma americana que se expressa como bem entende. Mas não é algo sobre o qual eu pense demais”, disse Hillary. “Eu virei a página e é assim que vejo minha vida e meu futuro”.

Ao ser perguntada se, em alguma ocasião e conforme foi divulgado pela mídia, chamou Lewinsky de “lunática narcisista”, a ex-secretária de Estado se limitou a dizer: “Não vou comentar o que disse ou deixei de dizer nos anos 1990”.

Líbia – Outro assunto abordado durante a entrevista foram as críticas à gestão de Hillary Clinton à frente do Departamento de Estado durante os atentados terroristas de Bengasi, na Líbia, em 2012. Questionada se o episódio em que quatro americanos morreram, entre eles o embaixador nesse país, eram um obstáculo à sua candidatura à presidência, ela declarou que são mais “uma razão para concorrer” à Casa Branca “do que o contrário”.

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“Realmente é mais uma razão para eu concorrer do que o contrário, pois não acredito que nosso grande país deva disputar campeonatos de segunda categoria. Devemos estar nos principais”, afirmou Hillary. Para os críticos e a oposição republicana, ela não tomou todas as providências para evitar o ataque, cujas circunstâncias teriam sido escondidas do público pelo Departamento de Estado.

Hillary comentou a recente criação de uma comissão parlamentar para investigar o assunto. “Acho que isso realmente é uma distração do trabalho duro que o Congresso deveria estar fazendo sobre os problemas do nosso país e do mundo”, opinou. Ela também defendeu que não havia nada em suas mãos para que pudesse ter atuado de forma diferente para evitar a tragédia em Bengasi.

“Assumo a responsabilidade, mas eu não tomava as decisões de segurança”, afirmou, para explicar depois que ela confiou no posicionamento dos especialistas sobre a manutenção da segurança no consulado americano, alvo dos torroristas. “Teria dado o possível para que isso não tivesse ocorrido”, acrescentou Hillary.

(Com agência EFE)

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