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Grã-Bretanha afirma que está pronta para enviar armas aos curdos

União Europeia respalda medida que também foi tomada por outros membros

Por Da Redação
15 ago 2014, 11h59

(Atualizado às 12h32)

A Grã-Bretanha está preparada para enviar armas diretamente para as forças curdas que enfrentam jihadistas sunitas no norte do Iraque, disse nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, Philip Hammond. Com isso, o país vai se juntar aos EUA e a França, que nos últimos dias também passaram a armar os curdos. Mais cedo, a República Tcheca também anunciou que vai enviar armas. O premiê britânico, David Cameron, vinha afirmando que qualquer resposta britânica seria limitada a um esforço humanitário, mas Londres já vinha transportando para as forças curdas munição fornecida por outros países.

“A Grã-Bretanha vai considerar positivamente qualquer pedido por armas”, disse Hammond. Outros governos europeus, incluindo a Alemanha e a Holanda, também disseram que estudam o envio de armas aos curdos.

A decisão da Grã-Bretanha foi anunciada pouco antes de uma reunião de emergência entre os 28 membros da União Europeia que discutiram em Bruxelas uma resposta conjunta para a crise iraquiana. Após algumas horas, a UE deciciu respaldar oficialmente a decisão de alguns dos seus membros de armar os curdos, marcando uma nova posição do bloco em relação ao conflito.

“A União Europeia saúda os esforços dos EUA para apoiar as autoridades nacionais e locais do Iraque em sua luta contra o Estado Islâmico e reconhece a responsabilidade internacional e europeia de cooperar com o Iraque nessa luta comum contra o terrorismo. O Conselho também saúda a decisão de membros individuais de responder positivamente ao apelo das autoridades regionais curdas para o fornecimento emergencial de material militar”, afirmou um comunicado divulgado após a reunião. A UE também condenou as atrocidades que têm ocorrido no Iraque.

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Os combatentes da região semiautônoma do Curdistão iraquiano lutam há semanas contra os combatentes do grupo Estado Islâmico (EI). A situação se agravou nos últimos dias quando forças curdas sofreram derrotas, o que acabou provocando a fuga de dezenas de milhares de pessoas das minorias yazidi e cristã.

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Os Estados Unidos iniciaram na última sexta-feira uma série de ataques aéreos contra os terroristas, e começaram a fornecer armas diretamente às forças curdas para o enfrentamento. O governo americano vinha afirmando que o envio de armas era feito somente para o governo iraquiano em Bagdá, mas a situação mudou depois dos ganhos conseguidos pelos jihadistas nas últimas semanas.

Governo – O novo primeiro-ministro do Iraque, Haider al Abadi, fez um apelo a seus compatriotas por união para enfrentar desafios perigosos, e alertou que o caminho pela frente será difícil. Em sua página no Facebook, Abadi disse que não faria promessas irreais, mas encorajou os iraquianos a trabalhar juntos para fortalecer o país, que enfrenta uma guerra civil sectária.

O presidente Fuad Masum pediu formalmente na segunda-feira a Abadi, um integrante do partido do ex-premiê Nouri al Maliki e indicado pela coalizão xiita como seu candidato ao cargo de primeiro-ministro, para que formasse um governo para o país. Maliki deixou o cargo na quinta-feira, após desistir de entrar na Justiça para manter o posto. A saída de Maliki, que estava bastante desgastado politicamente, é uma das apostas dos EUA para estabilizar o Iraque. Em oito anos no poder, o ex-premiê foi acusado de isolar a minoria sunita e contribuir para o sectarismo que tomou conta do Iraque.

Nesta sexta-feira, foi divulgado que o aiatolá Ali Sistani, o clérigo muçulmano mais influente do Iraque, pretende apoiar o novo primeiro-ministro Haidar al Abadi.

“Essa é uma rara e positiva chance para o Iraque perseguir novos horizontes que vão levar a solução de todos os seus problemas, especialmente os políticos e de segurança”, disse Sistani, por meio de um comunicado.

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