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Grã-Bretanha acumula série de mortes suspeitas

Casos envolvem da repentina doença do desertor russo Alexandre Litvinenko, em 2006, à localização, no sábado, do corpo do do magnata Boris Berezovski

Por Da Redação
24 mar 2013, 13h55

Do envenenamento por polônio de Alexandre Litvinenko, desertor do Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB), em 2006, até a descoberta do corpo do magnata russo Boris Berezovski, no sábado, várias mortes suspeitas provocam questionamentos na Grã-Bretanha. Berezovski, de 67 anos, foi encontrado morto em sua casa, em Londres, na tarde de sábado. O empresário sobreviveu a diversas tentativas de assassinato – entre elas um atentado a bomba que matou seu motorista. Neste domingo, a polícia inglesa anunciou que nenhuma substância suspeita, que possa indicar que ele foi vítima de envenenamento, foi encontrada na residência e a tese de suicídio não está descartada.

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Em 2006, a repentina doença de Alexandre Litvinenko trouxe à tona uma série de interrogações, até que especialista britânicos identificaram traços de polônio 210 em seu organismo. A suspeita é de que um agente russo tenha colocado a susbtância radiativa no chá de Litvinenko durante um encontro em um hotel londrino. Na ocasião, a Rússia negou qualquer responsabilidade no caso e um canal de televisão pública chegou a acusar Berezovski de ter matado o amigo.

Dois anos depois, em 2008, o principal parceiro comercial e político de Boris Berezovski nos anos 1990, Badri Patarkatsichvili, também processado na Rússia e exilado na Grã-Bretanha, morreu subitamente aos 52 anos em sua casa, no sul de Londres. Patarkatsichvili se opunha ao presidente russo Vladimir Putin e chegou a desafiá-lo na Rússia, mas as suspeitas relacionadas a sua morte recaíram sobre conflitos com o poder da Geórgia, seu país natal. Inicialmente “inexplicada”, a morte foi posteriormente atribuída a uma doença cardíaca.

Em abril de 2012, a imprensa britânica afirmou que o ex-líder separatista da Chechênia, Akhmed Zakaev, também amigo próximo de Berezovski e refugiado em Londres, escapou por pouco de um plano de assassinato, descoberto pelos serviços secretos britânicos (MI5). O jornal Sunday Telegraph informou na ocasião que as autoridades britânicas estavam “cada vez mais preocupadas” com as mortes ou tentativas de assassinato de caráter político ou mafioso no Reino Unido.

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Em novembro passado, dessa vez sem ligação aparente com Boris Berezovski, foi um empresário russo de 44 anos, Alexandre Perepilitchni, que foi encontrado morto em frente à sua propriedade. As causas da morte nunca foram esclarecidas.

Perepilitchni, morava na Grã-Bretanha há três anos e seria, segundo o jornal Independent – de propriedade do magnata russo Alexandre Lebedev – uma testemunha-chave no caso Magnitski, nome do jurista do fundo de investimento ocidental Hermitage. Ele foi encontrado morto em 2009, em uma prisão de Moscou, após ter denunciado uma vasta operação de lavagem de dinheiro orquestrada por funcionários públicos russos. Segundo o Independent, o empresário era o principal informante de policiais suíços que investigavam a lavagem de milhões de euros neste caso.

(Com Agência AFP)

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