Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

General afirma ter apoio do rei e ameaça usar a força contra protestos

Prayuth Chan-ocha afirmou que militares ficarão no poder por tempo indeterminado

Por Da Redação
26 Maio 2014, 16h18

A junta militar que tomou o poder na Tailândia afirmou nesta segunda-feira ter o aval do rei Bhumibol Adulyadej, monarca que há quase setenta anos comanda o país. O general Prayuth Chan-ocha advertiu que a força poderá ser usada se os protestos forem retomados. Ele comandou um golpe na última semana sob o pretexto de restabelecer a ordem no país, depois de sete meses de protestos contra o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra. “Nós vamos voltar para onde estávamos antes? Se você quiser fazer isso, precisarei usar a força e impor a lei”, disse em pronunciamento transmitido pela TV. A jornalistas, o general disse que os militares vão criar uma “democracia genuína”, mas não estabeleceu prazos. Limitou-se a declarar que tudo “dependerá da situação”, acrescentando que a junta militar governará o país por tempo indeterminado.

O rei não é visto em público desde a última quinta, quando Prayuth anunciou que os militares haviam assumido o poder. Nenhum membro da família real falou publicamente sobre o golpe. Apenas a publicação que lista as decisões oficiais trouxe um anúncio sobre o endosso do general. O apoio da monarquia é uma formalidade significativa na Tailândia, onde o rei Bhumibol, de 86 anos de idade, é a instituição mais importante. Ele está acima de críticas, tanto pela tradição como pela lei. Insultos ao rei, à rainha ou ao príncipe é algo que pode resultar em até quinze anos de prisão, informou o jornal The New York Times. Em 2006, depois de outro golpe militar, o general que comandou a ação foi fotografado prostrando-se diante do rei.

Leia também:

Parte da oposição apoia ação do Exército na Tailândia

Continua após a publicidade

Militares endurecem perseguição a opositores na Tailândia

Segundo a rede CNN, a iminente perpetuação dos militares no poder vem desagradando diversos manifestantes que pediam a renúncia do governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, mas que se opuseram ao golpe. A premiê foi destituída pela Justiça em 7 de maio e substituída de modo interino por Niwattumrong Boonsongpaisan, ex-titular da pasta de Comércio. O governo pretendia convocar eleições gerais em agosto para tentar acabar com a crise, mas os manifestantes pediam que o Parlamento nomeasse um líder “neutro” não eleito.

Continua após a publicidade

Manifestações – Mesmo com uma lei marcial em vigor, que impede a reunião de grupos de mais de cinco pessoas, centenas de pessoas foram às ruas no fim de semana para pedir a realização de uma eleição presidencial. Alguns casos de enfrentamento entre manifestantes e soldados foram registrados no domingo, mas não ocorreram incidentes graves. O general exigiu o fim dos protestos e afirmou que a situação está chegando a um “ponto de ebulição” que não será tolerado pelo Exército. Jornalistas e usuários de redes sociais foram alertados a não transmitirem mensagens que possam conter um tom provocativo ao regime.

Várias pessoas já foram detidas pelos militares, que também confiscaram passaportes. A figura mais importante a ser detida foi justamente a ex-premiê, liberada no fim de semana, depois de se reunir com os golpistas. Uma fonte militar disse que Yingluck foi convocada a “ajudar a manter a paz e a ordem e não se envolver com protestos ou outros movimentos políticos”.

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.