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Franceses acreditam na inocência de Strauss-Kahn

De acordo com pesquisa, 57% dos entrevistados afirmam que acusação de tentativa de estupro não passa de armação contra diretor-gerente do FMI

Por Da Redação
17 Maio 2011, 20h57

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira na França mostrou que 57% da população acredita que o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, foi vítima de um complô. DSK, como é conhecido em seu país, foi preso em Nova York no último final de semana, acusado de agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro de uma camareira.

De acordo com a sondagem, realizada pelo instituto CSA e publicada pelo site do jornal francês Le Fígaro, 32% dos entrevistados não acreditam na possibilidade de um complô e 11% não opinaram. Entre os socialistas, 70% creem em complô contra 23% que não acreditam que houve armadilha para DSK e 7% que não se pronunciaram. O levantamento foi feito na segunda-feira, por telefone, com 1.007 pessoas maiores de 18 anos em todo o país.

A mulher – Aos incrédulos sobre a real culpa de DSK, soma-se a mulher dele, que apoia firmemente o marido. Anne Sinclair, uma premiada entrevistadora de televisão de olhos azuis, conheceu Strauss-Kahn em 1989. Ela estava no ápice de sua carreira como apresentadora de um programa na TFI, principal emissora privada da França. Durante anos, sua fama foi bem maior que a dele.

Sinclair se tornou a terceira esposa do socialista, em 1996. E ele é o segundo marido da jornalista. De acordo com conhecidos, os dois formam um casal carinhoso que tem uma relação fácil e gosta de passar as férias junto com os amigos em sua casa na cidade marroquina de Marrakesh. Parte desta parceria se deve ao fato de Sinclair ter sacrificado sua carreira pela do marido, desistindo de seu programa quando ele foi nomeado ministro das Finanças, em 1997.

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Atualmente, muitos na esquerda francesa a consideravam como a primeira-dama ideal se, como esperado, Strauss-Kahn se candidatasse à eleição presidencial de 2012 pelo Partido Socialista. Contudo, esse sonho parece ter ido por água abaixo quando o diretor-gerente do FMI foi preso no sábado em um avião da Air France, depois que uma camareira de um luxuoso hotel de Nova York o acusou de agressão sexual. Ele negou as acusações.

Sinclair, que estava visitando amigos em Paris, rapidamente se manifestou em sua defesa, dizendo em um comunicado divulgado no próprio domingo: “Não acredito por um segundo nas acusações feitas contra meu marido”. Ela voou até Nova York, chegando tarde demais para vê-lo aparecer em um tribunal de Manhattan, onde um juiz lhe negou fiança e ordenou-lhe que fosse detido na prisão de Rikers Island até uma nova audiência, na sexta-feira. Ela não foi vista em público desde então.

Esquerda caviar – O casal – que tem casas elegantes em Paris e em Marrakesh, e um círculo de amigos ricos e poderosos -, é frequentemente citado como pertencente à “esquerda caviar”. O termo é usado para definir pessoas que defendem princípios socialistas, mas têm estilos de vida bem distantes da realidade da classe trabalhadora.

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A relação dos dois também enfrentou desafios no passado, especialmente quando Strauss-Kahn, um mulherengo confesso, admitiu ter tido um caso com uma funcionária do FMI em 2008. Sinclair tratou a questão como um escorregão passageiro e escreveu em seu blog: “Nós nos amamos como no primeiro dia”.

Ao mesmo tempo em que o drama atual se desdobra em Nova York, uma escritora francesa está considerando apresentar uma queixa legal sobre um incidente sexual envolvendo Strauss-Kahn, em 2002, quando ela tinha 22 anos. “Sinclair parece viver em negação”, disse um conhecido de longa data de Strauss-Kahn, falando sob condição de anonimato.

(Com agências Reuters e Estado)

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