Foguetes lançados de Gaza matam três civis israelenses
Israel segue com ofensiva nesta quinta-feira - e lança mais de 100 foguetes contra a Faixa de Gaza. Ao menos 11 palestinos morreram
Três civis israelenses morreram nesta quinta-feira e outros quatro ficaram feridos após suas casas serem atingidas por foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza. O míssil atingiu um edifício residencial de quatro andares na cidade israelense de Kiryat Malakhi, nas imediações de Gaza. Entre os feridos está um bebê de oito meses.
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As tensões na Faixa de Gaza e no sul de Israel atingiram o ponto mais alto em quatro anos na quarta-feira quando um ataque aéreo israelense matou o chefe militar do grupo terrorista Hamas, Ahmed Jabari, e outros oito palestinos. As milícias armadas da faixa, por outro lado, dispararam 55 foguetes contra povoados no sul de Israel. Após a ofensiva, Israel mobilizou tropas da reserva – uma medida que está sendo interpretada como o primeiro passo para uma invasão terrestre em Gaza.
Os bombardeiros prosseguem nesta quinta. O Ministério da Defesa israelense informa que lançou, durante a noite, 100 foguetes de médio e longo alcance em toda a extensão de Gaza. A ação se deu após o lançamento de mais de 40 foguetes contra o território de Israel. As mortes desta quinta são as primeiras do lado israelense desde o início da ofensiva. Até agora, 11 palestinos morreram – a maioria, militantes do Hamas, mas também algumas crianças.
Nações Unidas – O Conselho de Segurança da ONU se reuniu em um encontro de emergência nesta quinta-feira em Nova York para discutir a recente escalada de tensão entre Israel e os palestinos de Gaza. O grupo pediu que as duas partes coloquem fim aos enfrentamentos, mas não tomou nenhuma decisão imediata sobre o conflito. O embaixador indiano na ONU, Haerdeep Singh Puri, que atualmente preside o Conselho de Segurança, pediu a Israel e aos palestinos a “máxima contenção” para evitar que a situação se deteriore ainda mais. “A violência deve cessar”, afirmou Puri, resumindo o tom do encontro.
Realizada a portas fechadas, a reunião foi convocada pelo Egito e contou com a participação de israelenses e palestinos, além de representantes de outros países, alguns deles árabes. O encontro transcorreu durante uma hora e meia. Mais cedo, o secretário-geral da ONU já havia expressado por telefone ao premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, sua preocupação com os rumos dos confrontos na fronteira de Gaza.
Enquanto isso, a embaixadora americana, Susan Rice, apoiou Israel ao ressaltar que nada justifica a violência do Hamas e de outros grupos terroristas contra o país. Os palestinos, por sua vez, haviam pedido ao Conselho de Segurança que aprovasse uma declaração contra Israel, o que não ocorreu.