Facebook e Twitter excluem contas de hackers pró-WikiLeaks
Mas piratas da internet devem promover novos ataques em protesto pela ‘liberdade na rede’
O Facebook e o Twitter excluíram contas de ativistas online que atacaram os sites da operadora de cartões de crédito Visa e outros serviços de pagamento via Internet. Os ataques foram uma espécie de vingança dos piratas cibernéticos contra estes portais, que suspenderam pagamentos e operações ligadas ao site WikiLeaks após o vazamento de 250.000 documentos diplomáticos dos Estados Unidos.
O Facebook confirmou que havia excluído a página Operation Payback, controlada por ativistas, nesta quinta-feira, porque os responsáveis por ela estavam realizando ações ilegais para congelar outros sites. Já o Twitter se recusou a comentar o caso.
A exclusão da página da Operation Payback, cujos criadores se definem como militantes pela “liberdade na internet”, ocorreu após ataques online promovidos por eles contra gigantes dos cartões de crédito, como a Visa e a Mastercard.
Mas, a campanha pró-WikiLeaks ressurgiu no Twitter na tarde desta quinta-feira com o uso de outra conta. Especialistas afirmam que o fechamento de algumas páginas não deve ter efeito porque os hackers usam serviços e chats alternativos para se organizar.
Novos alvos – Um representante de um dos grupos envolvidos na campanha em favor do WikiLeaks declarou, nesta quinta, que outros ataques deveriam ocorrer.
Eles planejavam atacar o portal do serviço de pagamentos PayPal e chegaram a mencionar também uma ofensiva virtual contra a Amazon.
“A campanha não acabou, pelo que vi, e continua forte. Mais gente está aderindo”, afirmou um porta-voz dos hackers, que se apresentou como “Coldblood”, à rede britânica BBC. O jovem, que tinha sotaque inglês, disse ter 22 anos e trabalhar como engenheiro de software.
Os sites da Mastercard e da Visa foram derrubados temporariamente, na última quarta-feira, por ataques cibernéticos, que paralisam servidores por algum tempo ao bombardeá-los com número excessivo de solicitações.
(Com agência Reuters)