Explosões matam ao menos 42 em Trípoli, no Líbano
Um dos ataques matou muçulmanos que terminavam orações em mesquita
Duas explosões deixaram nesta sexta-feira ao menos 42 mortos e 500 feridos na cidade de Trípoli, no norte do Líbano, segundo o ministro libanês da Saúde Ali Hassan Khalil. O primeiro ataque atingiu a mesquita de al-Taqwa, onde muçulmanos terminavam as orações de sexta-feira.
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A segunda explosão aconteceu 5 minutos depois no distrito de Mina. Serviços de emergência se deslocaram até os locais das explosões, que deixaram nuvens grossas de fumaça.
A mesquita de al-Taqwa é geralmente frequentada pelo xeque Salem Rafii, um dos principais líderes sunitas do Líbano, segundo a rede BBC. Rafii é um clérigo que se opõe abertamente ao grupo terrorista Hezbollah. Não se sabe se ele estava na mesquita no momento do ataque.
Trípoli, com 200 000 habitantes, é a segunda maior cidade do Líbano e palco de conflitos sectários entre alauítas e sunitas. O conflito na Síria, que vive uma guerra civil com contornos sectários semelhantes, respingou na Líbano, provocando uma série de ataques no país. Na semana passada, um carro-bomba explodiu em um reduto do Hezbollah Beirute e deixou 27 mortos.
Mais cedo, a Força Aérea de Israel realizou um bombardeio contra o sul do Líbano, em resposta ao lançamento de quatro foguetes contra o seu território a partir do país vizinho. De acordo com o Exército israelense, a ação militar teve como alvo instalações terroristas localizadas entre as cidades de Beirute e Sidon.
O bombardeio foi uma retaliação de Israel ao lançamento de quatro foguetes contra o seu território na última quinta-feira. Lançados a partir do Líbano, dois dos projéteis caíram em regiões desabitadas, enquanto outros dois atingiram áreas residenciais no norte de Israel, provocando danos materiais, mas sem deixar vítimas.