Explosões e mortes evidenciam o frágil cessar-fogo sírio
Neste sábado, novos conflitos foram registrados em Damasco, Latakia e Homs
Uma nova onda de violência deixou pelo menos treze pessoas mortas na Síria, neste sábado. Segundo grupos de oposição ao regime do ditador Bashar Assad, forças do governo mataram dez pessoas em uma vila no norte da capital Damasco, onde desertores do exército estavam refugiados.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
Leia mais no Tema ‘Guerra Civil na Síria’
Grupos opositores também denunciaram a morte de três civis em outras cidades. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), um homem foi morto a facadas em Homs por um grupo favorável a Assad.
Os ataques acontecem um dia depois que um atentado suicida matou nove pessoas – em sua maioria, forças do regime – e deixou mais de vinte feridos, muitos deles civis, perto de uma mesquita em Damasco. A imprensa estatal síria acusou terroristas de estarem por trás da explosão.
Conflitos entre o exército e grupos opositores também foram registrados na cidade costeira de Latakia, evidenciando ainda mais a fragilidade do cessar-fogo imposto pela ONU há duas semanas, mas que vem sendo constantemente desrespeitado no país.
Observadores – A Organização das Nações Unidas (ONU) já antecipou que na próxima segunda-feira os trinta primeiros observadores militares desarmados da missão de supervisão devem chegar ao país árabe. O conflito na Síria já deixou mais de 10.000 mortos.