Damasco/Cairo, 10 fev (EFE).- O Exército Livre Sírio (ELS), integrado por militares desertores, reivindicou o duplo atentado cometido nesta sexta-feira na cidade de Aleppo contra duas sedes das forças da ordem, que deixou pelo menos 25 mortos e 175 feridos.
Da Turquia, o comandante-em-chefe do ELS, coronel Riad al Assad, declarou à Agência Efe por telefone que ‘estas operações respondem aos bombardeios do regime contra (a cidade de) Homs’, uma das fortificações da oposição.
O Ministério da Saúde sírio, segundo a televisão oficial, destacou que os números de mortos e feridos são provisórios, já que foram contabilizadas apenas as vítimas que chegaram até agora aos hospitais de Aleppo, 360 quilômetros ao norte de Damasco e capital econômica do país.
As explosões tiveram como alvo uma sede da Agência de Inteligência da Polícia Militar, no bairro de Novo Aleppo, e um edifício das forças antidistúrbios, situado na zona de Al Sajur, detalhou a televisão oficial, que descreveu os responsáveis como ‘grupos terroristas’.
Por sua vez, o chefe do ELS explicou que se coordenaram com desertores que trabalhavam nos dois edifícios das forças de segurança.
Uma moradora de Aleppo, que se identificou como Mayada, afirmou à Efe que as explosões foram consecutivas e foram ouvidas em outros pontos da cidade.
‘As paredes e as camas tremeram. Minhas filhas começaram a chorar, foi aterrorizante’, disse Mayada, mãe de três meninas, por telefone.
A televisão oficial mostrou ao vivo os corpos mutilados de algumas vítimas, que jaziam no meio de veículos carbonizados e escombros nos locais das explosões.
Os vidros de todas as janelas do edifício da Inteligência estavam quebrados.
Este ataque ocorre depois que atentados similares aconteceram nos últimos dois meses em Damasco.
No dia 6 de janeiro, mais de 20 pessoas morreram em um atentado no bairro de Al Midan, duas semanas depois que duas explosões causaram 44 mortos em um ataque contra edifícios dos corpos da segurança e da inteligência sírias, que as autoridades atribuíram a terroristas suicidas. EFE