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Exército iraquiano tenta retomar a maior refinaria do país

Enquanto os combates prosseguem em Baiji, aliados dos EUA na região tentam dissuadir Washington de fazer ataques aéreos contra os insurgentes

Por Da Redação
19 jun 2014, 10h35

Forças do governo iraquiano entraram em confronto com os jihadistas sunitas pelo controle da maior refinaria do país nesta quinta-feira, enquanto o primeiro-ministro Nouri al Maliki aguardava uma resposta para o pedido de que os Estados Unidos realizem ataques aéreos para enfraquecer os insurgentes. Um porta-voz do governo disse que suas forças “controlavam completamente” a refinaria, mas testemunhas no local disseram que os combates continuavam e que os insurgentes do EIIL ainda estavam presentes em grande número. A gigante refinaria de Baiji, a 200 km da capital Bagdá e perto da cidade de Tikrit, virou um campo de batalha, enquanto tropas leais ao governo do país, controlado por xiitas, tentavam repelir o avanço de insurgentes do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) e seus aliados, que haviam atacado a área na quarta-feira, ameaçando o fornecimento de energia do país.

Um dia depois de o governo iraquiano fazer um pedido público por ajuda da Força Aérea dos EUA, havia indicações de que as autoridades em Washington estão céticas da eficiência deste tipo de ação, dado o risco de mortes civis que poderiam enfurecer ainda mais a minoria sunita do país. Aliados dos EUA na região pareciam propensos a desencorajar ataques aéreos. O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, um aliado da Otan, disse que “não os ataques positivamente”, dado o risco para civis. A Arábia Saudita, principal país sunita da região e aliado dos EUA, por meio de um comunicado, informou que o necessário neste conflito é uma mudança política e não uma intervenção militar externa.

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Por telefone, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, conversou nesta quarta com uma série de políticos iraquianos para pedir que eles estabeleçam uma sólida união nacional e formem um novo governo para enfrentar a crise gerada pelo avanço jihadista no Iraque, informou a Casa Branca. Biden, que está em uma viagem que passará por vários países da América Latina e do Caribe, conversou com Maliki; com o porta-voz do Conselho de Representantes, Osama al Nujaifi, e com o presidente da região autônoma do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, afirmou a Casa Branca em comunicado.

Em sua conversa com Maliki, o vice-presidente americano pediu que o primeiro-ministro governe de forma “inclusiva”, promova a estabilidade e a unidade entre a população e responda às “necessidades legítimas das diversas comunidades iraquianas”. Esses contatos aconteceram no mesmo dia em que o presidente dos EUA, Barack Obama, se reuniu com os principais líderes republicanos e democratas do Congresso para tratar da situação no Iraque. Obama disse a líderes do Congresso que não precisa de aprovação dos legisladores para qualquer ação no Iraque, relatou o senador republicano Mitch McConnell após a reunião.

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Bombardeios – Pelo menos quinze supostos terroristas morreram durante uma ofensiva aérea da aviação iraquiana na província de Diyala, a leste de Bagdá, informou nesta quinta o comandante do exército na região, general Abdelamir al Zaidi. Segundo a nota militar, o bombardeio teve como alvo uma reunião do grupo radical EIIL nos arredores da cidade de Al Adim, 60 quilômetros ao norte de Baquba, capital de Diyala.

Al Zaidi disse que entre as vítimas mortas há alguns líderes locais do EIIL, e que o ataque deixou também dezenas de feridos. Grupos insurgentes sunitas, liderados pelo EIIL, tomaram na semana passada Mosul, a segunda maior cidade do país, e várias regiões do norte em sua tentativa de avançar rumo a Bagdá e ao sul do Iraque. Os combates nos últimos dias se concentram nas províncias de maioria sunita de Diyala e Saladino, ao norte da capital.

(Com agências EFE e Reuters)

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