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Ex-premiê afirma que Assad controla apenas 30% da Síria

Segundo ele, o regime sírio está afundando 'militar, econômica e moralmente'

Por Da Redação
14 ago 2012, 08h44

O ex-primeiro-ministro sírio Riad Hijab, que desertou na semana passada, afirmou nesta terça-feira que o ditador Bashar Assad controla apenas 30% do território da Síria, durante uma entrevista coletiva em Amã. Segundo ele, o regime está afundando “militar, econômica e moralmente”. Para o premiê, o ditador sírio não tem habilidade para dar fim aos combates.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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Em sua primeira aparição pública desde que se refugiou na Jordânia, Hijab se referiu a Assad como um “inimigo de Deus” e pediu que mais membros políticos e militares do governo desertem. Ele ainda declarou seu apoio aos rebeldes que combatem contra o ditador e disse que saiu do governo por vontade própria, desmentindo o regime, que havia afirmado que ele foi demitido.

Hijab, sua família, dois membros e três oficiais do Exército desertaram e se refugiaram na Jordânia no dia 6 de agosto, culminando uma sequência de perdas para o regime de Assad. As baixas colocam em dúvida a manutenção do ditador no poder. Em um comunicado lido na rede de televisão Al Jazira, o premiê justificou sua deserção pelo “massacre” contra o povo sírio.

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Na segunda-feira, o diplomata Danny al Baaj, primeiro-secretário da missão permanente da Síria no escritório da ONU em Genebra e responsável por questões ligadas aos direitos humanos, também informou sua renúncia como representante do governo de Damasco. Baaj comunicou pessoalmente sua decisão às autoridades sírias em Genebra.

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Diplomacia – Nesta terça-feira, a chefe de assuntos humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), Valerie Amos, chegou à Síria para uma visita regional de três dias a fim de discutir a distribuição de ajuda aos civis sírios isolados ou refugiados pelo conflito no país, segundo divulgou a agência Reuters.

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Valerie, que entrou na Síria com um comboio terrestre a partir do Líbano, deve se reunir com autoridades sírias, incluindo o vice-chanceler Faisal Mekdad, assim como representantes do Crescente Vermelho Árabe Sírio, disse o porta-voz Jens Laerke. “Eles cruzaram a fronteira e foram recebidos por autoridades do Ministério das Relações Exteriores”, disse.

Valerie discutirá meios de aumentar a ajuda emergencial aos civis, mas os confrontos devem diminuir antes que haja qualquer esperança real de ter acesso a pontos quentes, disseram diplomatas na segunda-feira. A situação humanitária na Síria piorou nas últimas semanas, já que os combates se espalharam para Damasco e Alepo.

(Com agência France-Presse)

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