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EUA vão enviar fuzileiros à Líbia após ataque a consulado

Islamitas se revoltaram com filme americano e mataram embaixador e outros 3

Por Da Redação
12 set 2012, 12h46

Os Estados Unidos vão enviar “marines” (fuzileiros) especializados em operações antiterrorismo para aumentar o nível de segurança na Líbia após o ataque que matou o embaixador dos EUA e outros três cidadãos americanos, afirmou à agência Reuters, nesta quarta-feira, uma autoridade sob condição de anonimato. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que já havia ordenado que sua administração providenciasse “todos os recursos necessários para sustentar a segurança de nosso pessoal na Líbia”.

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Segundo o vice-ministro do Interior, Wanis al-Sharif, os agressores usaram granadas lançadas por foguetes durante os ataques. “Havia granadas lançadas por foguetes, o que mostra que havia forças que exploravam isso. Eles são resquícios do antigo regime”, disse, durante uma entrevista coletiva transmitida pela rede de televisão Al Jazeera.

Apesar de a versão mais difundida seja a de que o atentado tenha sido motivado pelo lançamento do filme Innocence of Muslims (A Inocência dos Muçulmanos, em tradução livre do inglês), considerado ofensivo ao Islã, Sharif também insinuou que os agressores poderiam estar agindo por vingança, pela extradição do ex-chefe da inteligência de Muamar Kadafi, Abdullah al-Senoussi, à Mauritânia este mês.

Filme – Innocence of Muslims, o longa-metragem que teria provocado a ira dos islamitas, retrata Maomé como um mulherengo irresponsável e apresenta seus seguidores como um bando de desocupados. Em entrevista por telefone, o roteirista e diretor Sam Bacile declarou que o Islã é um “câncer” e que seu filme condena a religião. “Este é um filme político. Os Estados Unidos perderam um monte de dinheiro e um monte de pessoas nas guerras no Iraque e no Afeganistão, mas estávamos lutando com ideias”, disse o cineasta.

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Segundo o New York Times, o filme ganhou súbita projeção internacional depois que o pastor Terry Jones, que lidera uma pequena igreja com tendências anti-islâmicas em Gainesville, na Flórida, passou a divulgá-lo – especialmente neste 11 de setembro, proclamado por Jones como o “Dia Internacional do Julgamento de Maomé”. Em comunicado nesta terça-feira, o pastor afirmou que o filme não ataca os muçulmanos, “mas mostra a ideologia destrutiva do Islã”. No ano passado, Jones queimou exemplares do Corão em sua igreja.

Ataque – Na terça-feira à noite, o embaixador J. Chris Stevens e outros três funcionários da diplomacia americana foram mortos durante um ataque ao consulado em Benghasi, durante protestos de militantes islâmicos supostamente contra o filme. Stevens serviu como enviado ante os rebeldes líbios logo nas primeiras semanas da revolta civil que explodiu em fevereiro de 2011, e que culminou com a morte do ditador Muamar Kadafi após quatro décadas no poder. “É triste Stevens ter morrido em Benghasi, porque é uma cidade que ele ajudou a salvar no auge da rebelião líbia. Ele era um modelo de diplomata”, disse o presidente americano Barack Obama sobre o embaixador.

(Com agência Reuters)

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