EUA e Israel tentam resolver divergências sobre Irã nuclear
Casa Branca negou que Obama tenha recusado se encontrar com Netanyahu
Em uma conversa telefônica de uma hora de duração na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmaram o compromisso de evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear. A conversa, uma iniciativa do líder americano, buscou apaziguar as divergências entre os dois países sobre a resposta mais apropriada para as pretensões atômicas do regime de Ahmadinejad e aconteceu poucas horas após o premiê israelense criticar a comunidade internacional por “não fixar limites ao Irã”.
Leia também: ‘Israel não pode esperar para agir contra o Irã’, diz premiê
O contato também serviu para amenizar o mal-estar causado depois que o jornal israelense Haaretz noticiou que Obama teria recusado um encontrado com Netanyahu no final de setembro, quando o premiê viajará para Nova York para a Assembleia Geral da ONU. A Casa Branca negou a informação e afirmou que os governantes “simplesmente” não estarão na cidade ao mesmo tempo, acrescentando que Netanyahu se reunirá com outros funcionários americanos durante sua visita, entre eles a secretária de Estado, Hillary Clinton.
Leia também: Ahmadinejad delira: Inimigos ‘roubam’ a chuva do Irã
Há pelo menos um ano, Obama tenta conter um ataque de Israel contra as instalações nucleares iranianas. No mês passado, as pressões tornaram-se mais fortes com a divulgação de um novo relatório pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo o qual o Irã está mais próximo de obter tecnologia para construir uma bomba. O americano defende uma política de sanções contra o regime de Ahmadinejad, enquanto o israelense defende a imposição de limites ao Irã, que se forem ultrapassados merecerão uma resposta militar.
(Com agência Estado)