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EUA agilizam deportações diante da crise na fronteira

O governo americano lançou também uma agressiva campanha publicitária em países da América Central alertando para os riscos da imigração ilegal

Por Da Redação
7 jul 2014, 08h21

Os Estados Unidos estão agilizando as deportações de adultos e famílias que cruzam ilegalmente a fronteira, afirmou neste domingo um alto funcionário do governo, admitindo que o processo é mais lento em relação aos menores imigrantes. O secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, disse ao programa Meet the Press, do canal NBC, que as autoridades reduziram os “prazos de devolução” de imigrantes ilegais que cruzam a fronteira com o México. “Acredito que vamos conter esta onda”, disse Johnson, informando que o governo está intensificando seus esforços para desestimular os imigrantes – incluindo milhares de menores – de fazer esta perigosa viagem aos Estados Unidos. Johnson garantiu que a fronteira “não está aberta à imigração ilegal”.

“Não há passes livres” para os que entram nos Estados Unidos sem autorização. O governo iniciará processos de deportação “contra os imigrantes ilegais, incluindo crianças”. Os menores imigrantes que chegam sem a companhia de adultos são, por lei, postos sob a custódia do departamento de saúde e da assistência social enquanto seus processos tramitam – “algo que leva tempo”, admitiu Johnson.

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“Estamos procurando opções e maior flexibilidade para a questão dos menores em particular, mas de uma maneira humanitária e justa”. A questão migratória ganhou urgência nos Estados Unidos após a chegada de 52.000 menores desacompanhados procedentes de El Salvador, Honduras e Guatemala, que cruzaram a fronteira ilegalmente a partir de outubro. O presidente Barack Obama deve viajar na próxima semana ao Texas, no sul do país, um dos estados mais afetados pela onda migratória, enquanto Johnson viajará à Guatemala para coordenar esforços para conter a crise.

Campanha – Na semana passada, o governo dos Estados Unidos lançou uma campanha nos meios de comunicação internacionais com o objetivo de alertar às famílias da América Central sobre os riscos da imigração ilegal, especialmente por crianças desacompanhadas. O comissário do Escritório de Proteção das Fronteiras dos EUA, Gil Kerlikowske, disse que a campanha será veiculada principalmente em Honduras, Guatemala e El Salvador e traz essencialmente duas mensagens: viajar ilegalmente para os EUA é extremamente perigoso e os imigrantes que fizerem isso não serão autorizados a ficar no território.

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A “Campanha de Conscientização dos Perigos” prevê a instalação de centenas de outdoors e a veiculação de mais de seis mil anúncios em estações de rádio e televisão dos países-alvo. Uma das mensagens mostra uma criança correndo desolada no deserto em direção ao horizonte. Um locutor diz em espanhol “eu pensei que seria fácil para o meu filho obter documentos nos Estados Unidos, mas eu estava errado”.

Em outra inserção, prevista para ir ao ar na Guatemala, um adolescente se prepara para ir para os Estados Unidos e sua mãe implora para que ele fique. Apesar de a mãe alertar sobre os perigos da travessia feita por gangues, o garoto decide arriscar mesmo assim. Logo depois, aparece uma imagem do menino morto no chão do deserto. A narração diz que não se deve acreditar que os contrabandistas conseguirão documentos para as crianças. Todas as inserções da campanha terminam com a mesma mensagem: “Eles são o nosso futuro. Proteja”. A campanha está programada para ser executada durante 11 semanas.

(Com agência France-Presse)

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